O Que Se Sabe Sobre A Variante De Manaus?

O Que Se Sabe Sobre A Variante De Manaus
picture alliance/Getty Images Publicidade Cientistas encontraram uma variante inédita de coronavírus circulando em Manaus, capital do Amazonas. De acordo com uma nota técnica da Fiocruz Amazônia, divulgada pelo órgão no último dia 13, a variante é uma mutação da linhagem B.1.1.28, uma das duas cepas que circulam no Brasil, e provavelmente surgiu em dezembro de 2020.

A nova variante também foi descrita num estudo que envolveu cientistas de 10 universidades e centros de pesquisa pelo mundo. O grupo analisou 31 amostras de pacientes com Covid-19 em Manaus, colhidas entre 15 e 23 de dezembro. Das amostras, 13 (42% do total) acusaram a nova variante, batizada de P.1. Você pode ler o artigo científico que comenta a descoberta clicando aqui,

O governo japonês foi o primeiro a acusar a nova cepa de vírus. No domingo (10), autoridades de saúde locais informaram que a variante apareceu em quatro pessoas que visitaram o Amazonas e retornaram ao Japão no início de janeiro. Vírus são craques em sofrer mutações rápidas,

  • No caso do Sars-Cov-2, por exemplo, pesquisadores notaram que, desde a primeira vez que o vírus foi identificado, há quase um ano, duas ou três novas mutações relevantes surgiram a cada mês, em média.
  • Acompanhar novas variantes pode ser útil na tarefa de monitorar surtos.
  • O Brasil, porém, ainda é deficiente nesse quesito.

Segundo estimativas, conseguimos sequenciar apenas 0,024% dos casos confirmados no país. No Reino Unido, esse índice chega a 5%. Ficar às cegas quanto às versões de vírus que infectam brasileiros pode ser uma ameaça à saúde pública. Tudo porque parte pequena dessas variantes virais, vez ou outra, acaba incorporando um pacote de alterações bojudo o suficiente para mudar a estrutura do vírus.

Foi o caso da variedade batizada B.1.1.7, encontrada na Inglaterra em setembro e, no Brasil, no dia 31 do mesmo mês. Ela se espalhou rapidamente pelo sul do país britânico, e, em algumas semanas, já era responsável por mais de 70% dos novos casos de Covid-19 registrados em Londres. Estima-se que a variedade seja até 70% mais transmissível que a primeira versão do Sars-CoV-2 que deu as caras em Wuhan, na China, no fim de 2019.

A variedade 501Y.V2 é outro exemplo. Encontrada na África do Sul, ela também se mostrou mais contagiosa. Tanto a variação inglesa quanto a sul-africana têm em comum o fato de carregarem mudanças em suas espículas (spikes), a ‘chave’ que o vírus usa para infectar seu hospedeiro.

Continua após a publicidade A versão encontrada em Manaus também possui modificações em genes que controlam a produção das espículas (spikes). As mutações em questão são as chamadas K417, N501Y e E484K, e vêm sendo acompanhadas de perto pelos cientistas. A última, E484K, é a que mais chama atenção. A mutação apareceu em casos de reinfecção no Rio de Janeiro e na Bahia,

Por apresentar semelhan ç as com as variações estrangeiras, há suspeitas de que a versão brasileira do vírus também possa ‘vir de fábrica’ com mudanças que facilitam a entrada do Sars-CoV-2 nas células – e, por tabela, permitir com que ele se espalhe mais rapidamente.

  1. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Jesem Orellana, pesquisador da Fiocruz Amazônia, argumentou que a nova cepa de coronavírus está por trás da alta no número de casos no Amazonas.
  2. Falta, no entanto, reunir mais dados a nível nacional que permitam cravar isso, assim como foi feito lá fora.
  3. O fato é que a variante manauara já vem se espalhando no estado.

A variedade de coronavírus em questão foi responsável pelo primeiro caso de reinfecção confirmado no Amazonas. Segundo informações divulgadas pela Fiocruz Amazônia na quarta-feira (13), a paciente reinfectada é uma mulher de 30 anos, que vive em Manaus.

  1. Ela já se recuperou da doença.
  2. A nova variante já motivou a imposição de restrições.
  3. Ainda na terça-feira (12), o governo amazonense proibiu o transporte fluvial e rodoviário.
  4. Nesta quinta-feira (14), a circulação de pessoas entre 19h e 6h também ficou restrita.
  5. A série de proibições envolveu também o Pará : o estado decidiu por impedir a circulação de embarcações vindas do Amazonas, sob multa de até R$10 mil, em caso de reincidência.

“Isto é uma medida preventiva e fundamental para que possamos evitar a ampliação do contágio dentro do estado do Pará e, consequentemente, os problemas em saúde em face à pandemia do coronavírus”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho, em sua conta no Twitter.

  • Caso a situação no Amazonas continue se agravando, a próxima medida seria o apelo, junto à Justiça Federal, para a suspensão de voos entre os dois estados.
  • Para dificultar a entrada da nova cepa de coronavírus em seu território, a Inglaterra decidiu seguir a mesma linha.
  • Nesta quinta-feira (14), o país decidiu pelo banimento de voos vindos do Brasil e outros países sul-americanos.

A medida vale a partir desta sexta-feira (15). O aumento no número dos casos de Covid-19 nas últimas semanas levou o Amazonas a um colapso de sua saúde pública. Cidades por todo o estado, incluindo a capital Manaus, vem enfrentando um cenário de hospitais superlotados, falta de leitos de UTI e até mesmo de cilindros de oxigênio.

Agora, negocia-se a transferência de pacientes internados para cidades do Nordeste e Centro-Oeste, O Amazonas registrou, hoje (14), seu recorde no número de casos desde o início da pandemia, em março de 2020. Foram 3.816 novos casos de Covid-19, sendo 2.516 só em Manaus. O recorde de hospitalizações na capital também foi superado: 254.

Mais 51 mortes foram contabilizadas nas últimas 24h, levando o número de óbitos no estado para 5.930. Continua após a publicidade

amazonas Coronavírus MUTAÇÃO GENÉTICA Vírus

O que se sabe sobre a nova variante de coronavírus detectada em Manaus Cepa causou primeiro caso de reinfecção no Amazonas, e pode ser mais transmissível. Nesta quinta-feira (14), estado bateu recorde de novos casos de Covid-19

Qual variante é brasileira?

Notícias – Atualizado em ( 23/06/2022 – 17h19 ) | Coronavírus, Geral, Notícias, Vacinação Amostras da primeira variante da Ômicron originária do Brasil, a XAG, foram detectadas pela Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, que é coordenada pelo Instituto Butantan, no Estado de São Paulo.

Qual é o nome da variante de Manaus?

Variante de Manaus do novo coronavírus já circula em Ribeirão Preto Por A variante P1 do SARS-CoV-2 trouxe mais dúvidas do que respostas em termos clínicos e epidemiológicos – Arte sobre foto de Fernando Zhiminaicela/Pixabay O que já era esperado acaba de ser confirmado pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP: a variante P1 do SARS-CoV-2, ou variante de Manaus como ficou mais conhecida, já está circulando na cidade pelo menos desde o início do ano. Fernando Bellíssimo Rodrigues – Foto: Gabriel Soares/USP-RP Em investigação para detectar possíveis casos de reinfecção de pacientes internados no Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP), os pesquisadores identificaram a variante P1 numa paciente de 38 anos, moradora da cidade, que apresentou os sintomas no dia 8 de janeiro e realizou a coleta de exame três dias depois.

A paciente relatou não ter viajado para Manaus, no Amazonas, nem ter tido contato com pessoas que estiveram naquele Estado. Ela apresentou uma doença de moderada gravidade, mas não precisou ir para a UTI, nem ser entubada. Atualmente, a paciente está em casa e passa bem. O caso já foi notificado à Vigilância Epidemiológica do município.

Segundo o professor Fernando Bellíssimo Rodrigues, da FMRP, que coordena as pesquisas de rastreamento do SARS-CoV-2, essa variante já estava circulando na região, portanto, era esperado que também estivesse em Ribeirão Preto. O sequenciamento genômico solicitado pelo grupo coordenado pelo professor Rodrigues é como analisar a impressão digital do vírus, material que difere de uma cepa para outra.

No caso, essa cepa P1 tem mutações nos genes que codificam a proteína Spike”, explica o professor. Spike é uma proteína multifuncional do SARS-CoV-2 e uma de suas funções é ligar o vírus à célula do hospedeiro e mediar essa entrada no interior da célula-alvo. Para o pesquisador, a P1 trouxe mais dúvidas do que respostas em termos clínicos e epidemiológicos, pois as informações até agora reunidas são baseadas em relatos de profissionais que estão trabalhando em Manaus, no Amazonas, e em Araraquara, interior do Estado de São Paulo, mas nada ainda com confirmação científica.

“Há indícios de que talvez essa variante seja mais agressiva do que a cepa original mas, por enquanto, é somente especulação, não temos certeza disso.” Como exemplo de algo que levanta dúvidas e precisa de respostas, segundo Rodrigues, é o fato de Ribeirão Preto ter tido queda dos casos de covid-19 em fevereiro.

“Tivemos um pico da segunda onda em janeiro e de lá para cá a covid-19 já demonstrou sinais de arrefecimento, o que não seria de se esperar se essa variante está circulando como imaginamos que esteja, portanto, não sabemos o real impacto dessa nova cepa.” O professor lembra que as diversas variantes do SARS-CoV-2 apresentam pequenas mutações em relação à cepa original.

Por isso, ele acredita que as vacinas disponíveis até o momento são eficazes para essas novas variantes. A expectativa é que as vacinas sejam efetivas na prevenção de infecções por essas novas cepas. Exame de sequenciamento genético do SARS-CoV-2 empregado pelos pesquisadores da FMRP-USP para identificar mutações do vírus – Imagem cedida pelo professor Para o professor, a descoberta da variante de Manaus em Ribeirão Preto mostra que não é o momento de relaxar com as medidas de segurança, como usar máscara, lavar as mãos ou usar álcool em gel e manter o distanciamento social.

Tudo isso precisa continuar sendo efetivamente seguido. Inclusive os protocolos de atendimento no HCFMRP e na cidade não mudam, de acordo com o pesquisador. “Não há motivos para pânico, isso não altera significativamente o modo como ele se transmite e se dissemina na população; as recomendações continuam as mesmas, temos que nos cuidar e evitar a propagação do vírus.” Rodrigues alerta que quanto mais o vírus se multiplica e se dissemina, maior a probabilidade de novas mutações surgirem.

“Precisamos de um esforço concentrado agora para controlar efetivamente a replicação viral, suprimir a disseminação da doença e, assim, prevenir também o surgimento de novas mutações, mais virulentas e agressivas.” A pesquisa de rastreamento do novo coronavírus é uma iniciativa do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, em colaboração com o Laboratório de Pediatria, ambos do HCFMRP, Departamento de Medicina Social e Divisão de Moléstias Infecciosas do Departamento de Clínica Médica, ambos da FMRP, e Hemocentro de Ribeirão Preto, e parcialmente financiada pela Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Por que surgem variantes da Covid 19 mesmo com grande número de pessoas vacinadas * sua resposta?

Todos os vírus – incluindo o SARS-CoV-2, o vírus causador do COVID – 19 – evoluem com o tempo. Quando um vírus se replica ou faz cópias de si mesmo, às vezes muda um pouco, o que é normal para um vírus. Essas mudanças são chamadas de ‘mutações’.

Quantos casos tem no Brasil da nova variante?

Notícias – Atualizado em ( 15/03/2022 – 17h32 ) | Coronavírus, Geral, Notícias Nesta terça-feira (15/3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que o Brasil registrou dois casos de infectados pela nova variante do coronavírus, Deltacron,

  • Monitorada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a nova cepa é a combinação de outras duas variantes: Delta e Ômicron.
  • Os primeiros casos surgiram na França.
  • De acordo com o ministro, os casos identificados em território brasileiro são do Amapá e Pará.
  • Queiroga aproveitou para defender a vacinação, justificando sua importância pela alta possibilidade de mutação do vírus numa pandemia, quando a propagação é mais veloz.

“Esta variante é considerada de importância e requer o monitoramento. Tudo que acontece nos outros países, nós observamos. Monitoramos todos os casos”, declarou Queiroga. Também nesta terça, o ministro da Saúde participou de uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG), que teve como pauta a possibilidade do país flexibilizar o estado de emergência sanitária,

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Qual é a variante mais perigosa do Covid?

Mais perigoso ‘Identificamos em primeira mão que 9,5% das mutações produzidas pelas variantes estão localizadas na região N Terminal (NTD) da proteína.

Porque as pessoas não querem tomar Astrazeneca?

A quem não é recomendada a vacina? – As pessoas que tenham história de reação alérgica grave a qualquer componente da vacina não a devem tomar. A vacina não é recomendada a pessoas menores de 18 anos, enquanto não houver resultados de outros estudos.

Porque as pessoas querem tomar a vacina Pfizer?

Estudo avaliou profissionais de saúde que haviam recebido duas doses de CoronaVac; vacina Oxford-AstraZeneca aumenta em sete vezes o nível A redução da imunidade contra o SARS-CoV-2 registrada 75 dias após a segunda dose das vacinas CoronaVac e ChAdOx1 (Oxford-AstraZeneca) pode ser revertida significativamente com o reforço da Pfizer/Biontech, de acordo com estudo conduzido na Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

  • A pesquisa mostrou que a terceira dose da Pfizer aumenta em até 25 vezes o nível de anticorpos medido depois das duas aplicações de CoronaVac e em até sete vezes o alcançado após a imunização completa com a ChAdOx1.
  • Os resultados foram publicados no Journal of Infection,
  • Apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio de dois projetos ( 17/20106-9 e 20/08943-5 ), o estudo foi realizado com uma coorte não randomizada de 48 profissionais de saúde de hospitais e instituições regionais.

Eles têm idade média de 30 anos, para os vacinados com CoronaVac, e 40 anos para os que receberam a ChAdOx1. “Temos visto que a adesão à dose de reforço da vacina contra a COVID-19 não está tão alta quanto poderia ser. Nosso estudo, no entanto, mostra a importância de a população tomar a terceira dose porque há um aumento significativo da resposta imunológica e celular, indicando maiores níveis de proteção” diz à Agência FAPESP Alexandre Keiji Tashima, professor do Departamento de Bioquímica da EPM-Unifesp e autor correspondente do artigo.

  • Até o dia 1º de março, o Brasil contava com 30,6% da população imunizada com a dose de reforço contra a COVID-19 (cerca de 65,073 milhões de pessoas).
  • Com a vacinação completa (duas doses ou dose única) eram 73% dos brasileiros (155,071 milhões de pessoas), segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

“Com a pandemia, montamos um grupo de pesquisadores na Unifesp para trabalhar em estudos envolvendo a COVID-19. O objetivo é fazer uma caracterização bioquímica completa dos anticorpos”, afirma Tashima, que é orientador do doutorado de Jackelinne Yuka Hayashi, primeira autora do artigo.

O trabalho contou ainda com a participação de quatro pesquisadores da Euroimmun Brasil, empresa especializada em soluções para diagnóstico laboratorial. Os resultados do grupo corroboram estudos já publicados por cientistas de Hong Kong e de universidades norte-americanas, Além disso, outras pesquisas haviam mostrado a eficácia da dose de reforço.

Uma delas, publicada no início de fevereiro na Nature Medicine, mostrou que a aplicação da terceira dose da vacina da Pfizer seis meses após a imunização com duas da CoronaVac confere uma eficácia de 92,7% contra a doença. Já contra casos graves do SARS-CoV-2, a proteção sobe para 97,3%.

  • Foram analisados dados de cerca de 14 milhões de brasileiros.
  • Avaliações Os participantes da pesquisa do grupo da Unifesp tiveram amostras de sangue colhidas em cinco momentos: antes da vacinação; 28 dias após a primeira dose; 14 dias depois da segunda, 75 dias depois da segunda dose e 14 dias após o reforço da terceira.

Foram realizados testes clínicos para IgG (que determina a presença e quantidade de anticorpos no organismo), com avaliação de anticorpos neutralizantes, capazes de impedir a infecção, e das respostas celulares. No grupo imunizado com CoronaVac e reforço de Pfizer, os valores médios de IgG aumentaram de 19,8 BAU/ml (unidades de anticorpos ligantes por mililitro de sangue), após a primeira dose, para 429 BAU/ml com a segunda.

  • Valores iguais ou acima de 35,2 BAU/ml são considerados positivos.
  • Essa proteção diminuiu significativamente nas dez semanas seguintes, caindo para 115,7 BAU/ml.
  • Após o reforço, no entanto, a concentração de IgG voltou a subir, crescendo 25 vezes e atingindo 2.843 BAU/ml.
  • Em relação aos níveis de anticorpos neutralizantes, houve aumento de 23,5%, no intervalo da segunda dose, para 99,3% depois do reforço.

Entre os imunizados com a vacina da AstraZeneca e a terceira dose de Pfizer, as respostas medianas de IgG aumentaram de 86,8 BAU/ml para 648,9 BAU/ml durante as duas primeiras aplicações. Depois, caíram para 390,9 BAU/ml. Mas, com a dose de reforço, subiram sete vezes – para 2.799,2 BAU/ml.

Já os níveis de anticorpos neutralizantes cresceram de 63,2% para 98,9%. “É possível ver que mesmo com a redução da imunidade no período pós segunda dose ainda há uma resposta celular relevante contra os antígenos do coronavírus. No entanto, o interessante é que, após a terceira dose, os dois grupos tiveram aumento significativo tanto da resposta celular como da humoral,

Isso foi algo que nos impressionou, indicando uma boa resposta nos dois grupos”, explica Tashima. Uma das limitações do estudo foi o fato de não ter sido possível comparar os resultados com dados da população em geral ou de grupos específicos, como idosos.

  1. Alguns voluntários que participaram do estudo foram contaminados pela variante ômicron após o reforço da vacinação.
  2. Os pesquisadores estão agora em nova etapa de coleta de sangue dessas pessoas para analisar eventuais impactos da variante, que no início de janeiro respondeu por 97% dos casos de COVID-19 no Brasil.

O artigo Humoral and Cellular Responses to Vaccination with Homologous CoronaVac or ChAdOx1 and Heterologous Third Dose with BNT162b2 pode ser lido em: www.journalofinfection.com/article/S0163-4453(22)00115-3/fulltext#fig0001,

Por que algumas pessoas mesmo vacinadas são infectadas pelo novo coronavírus?

Uma questão que intriga muita gente é: por que algumas pessoas pegam Covid-19 no intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina? Ou até após as duas doses. Não importa qual imunizante. A BBC News Brasil e o Portal do ICTQ foram atrás das respostas.

Há relatos de pessoas em várias partes do Brasil que tomaram uma dose do imunizante e, enquanto aguardavam o período para completar o esquema vacinal, pegaram a doença. Não faz diferença qual é o imunizante. Independentemente da tecnologia, as vacinas trazem em sua composição os antígenos, substâncias que vão interagir com as células do sistema imunológico, para que elas criem os anticorpos necessários e consigam lidar com uma futura invasão viral.

A questão é que esse processo leva um tempo para ser concluído – as células imunes precisam reconhecer os antígenos, ‘interagir’ com eles e criar uma reação satisfatória. Esse trabalho costuma levar cerca de duas semanas. De forma geral, o tempo entre a primeira e a segunda dose varia de acordo com o produto – a Coronavac tem um intervalo de 14 a 28 dias, enquanto a CoviShield esse período é de três meses, por exemplo.

  • Publicidade inserida(https://www.ictq.com.br/pos-graduacao) Sendo assim, uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina contra a Covid-19 não está protegida e precisa seguir com os cuidados básicos de prevenção – uso de máscara, distanciamento social, lavagem de mãos.
  • Nenhuma vacina disponível, para essa ou qualquer outra doença, é capaz de proteger, mesmo que parcialmente, em menos de 14 dias após a aplicação das doses”, revelou à BBC a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.

Segundo ela, mesmo quem recebeu as duas doses, não está liberado para ter uma ‘vida normal’. “Pelo que sabemos, a vacina protege contra o adoecimento e as formas mais graves da Covid-19, mas as pessoas imunizadas podem continuar a transmitir o vírus para outras”, salientou Isabella.

  • Um receio que atinge algumas pessoas – e faz a festa daqueles que gostam de espalhar fake news – é a possibilidade de a própria vacina causar a Covid-19.
  • Isso é refutado pelos cientistas.
  • Os imunizantes são feitos com vírus inativado e nem por um milagre eles podem provocar a doença”, frisou a vice-presidente da SBIm.

“As vacinas contra a Covid-19 atualmente disponíveis no Brasil não têm 100% de eficácia. Além disso, são necessárias as duas doses para seu efeito completo”, assinala o farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, lembrando de outro ponto fundamental.

“(As vacinas) dependem do sistema imunológico de cada indivíduo para produzir a real proteção, sabendo que esse processo não ocorre de forma imediata”, diz Poloni. “Sendo assim, há possibilidade de infecção pelo novo coronavírus tanto após a primeira dose, quanto até após a segunda dose”. Receba nossas notícias por e-mail : Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente Mas mesmo que a pessoa pregue a doença depois de vacinada, seus efeitos assim como os riscos serão menores.

“Possivelmente, os efeitos de uma possível infecção nesses casos são mais brandos em comparação aos não vacinados. Mesmo assim, deve-se manter as medidas de proteção, como uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações mesmo depois de se vacinar”, aconselha Poloni.

Ele lembra que após um período da segunda dose, a pessoa realmente estará imunizada, entretanto não quer dizer que ela não vai se infectar, visto que a eficácia das vacinas não é de 100%. “Além disso, é importante ressaltar que se trata de um vírus que os pesquisadores estão se esforçando para entendê-lo melhor e buscando alternativas terapêuticas para combatê-lo.

Ainda é imprevisível saber se as vacinas atualmente disponíveis serão eficazes com as possíveis mutações futuras desse vírus”, completa o professor. Portanto, enquanto a circulação do coronavírus estiver em alta e não tiver uma grande parcela da população vacinada, a tendência é que as medidas de restrição e controle continuem primordiais, defendem os especialistas.

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O que é Omicron doença?

O que é Ômicron? Ômicron é a 15º letra do alfabeto grego e foi escolhida para nomear a última variante de preocupação do vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. Essa cepa chama a atenção por conta da quantidade e variedade de mutações em partes importantes do coronavírus, como a espícula.

Quantos morreram de Omicron no Brasil?

Assim, o total de mortes pela nova cepa no Brasil subiu para quatro, de acordo com um levantamento da Agência CNN. A primeira morte foi registrada em Aparecida de Goiânia (GO), em 6 de janeiro. O outro óbito ocorreu em Alagoas.

Quantos casos da Omicron tem no Brasil?

Ômicron representa 97% dos casos de Covid no Brasil, apontam redes de pesquisa A variante já responde por 97% dos casos de Covid-19 no Brasil e alcança um percentual superior a 90% em 13 estados, incluindo os três mais populosos do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A coluna SGTF/POSITIVO (5) mostra a taxa de presença da variante Ômicron nas amostras / Reprodução Em cinco estados analisados, a presença da Ômicron chegou a 100% das amostras analisadas em janeiro: Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina. O estudo detectou o aumento progressivo de casos suspeitos da linhagem em novembro (3,4%), dezembro (67,5) e janeiro (97%). Nos três meses, houve também aumento no número de casos positivos para como um todo. Ele foi de 5,3% em novembro, 6,9% em dezembro e chegou a 31,3% nos primeiros dias de janeiro.

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Um trecho da nota conjunta divulgada pelos pesquisadores avalia: “Estes resultados demonstram a direta contribuição da variante Ômicron no aumento de casos de Covid-19 no Brasil e sua consequente maior transmissibilidade que as demais variantes de SARS-Cov-2 identificadas em território nacional”. Coordenador nacional da Rede Corona-ômica, o virologista Fernando Spilki, professor da Feevale (RS), destaca que a tendência é de agravamento dos números.

“É a consequência natural. O cenário que estamos vendo é totalmente associado à variante Ômicron. Vai aumentar, ainda há espaço para subir, uma caminhada a fazer. Vamos monitorar quanto tempo dura. Em outros países, o surto durou entre quatro e seis semanas.

  • Mas, aqui, não estamos tomando quaisquer outras medidas de restrição” Fernando Spilki O trabalho reforça ainda que, enquanto a levou aproximadamente 20 semanas, após a primeira detecção, para alcançar quase 100% dos casos positivos no país, a Ômicron obteve o mesmo feito em apenas seis semanas.
  • Esses resultados demonstram a rápida substituição da variante Delta de SARS-CoV-2 pela Ômicron em todo o Brasil”, diz outro trecho do documento.

Na pesquisa, apenas três estados não tiveram amostras examinadas em janeiro: Alagoas, Piauí e Sergipe. Entre as unidades da federação onde houve análise, Amazonas teve apenas um teste avaliado e, embora tenha sido positivo para Covid-19, não foi detectada a presença da Ômicron.

Quantas variantes um vírus pode ter?

Quando um vírus está circulando amplamente em uma população, e causando muitas infecções, a probabilidade de sofrer mutação aumenta. Quanto mais oportunidades um vírus tem de se espalhar, mais ele se replica – e mais possibilidades tem de sofrer mudanças.

  1. A maioria das mutações virais têm pouco ou nenhum impacto na capacidade do vírus de causar infecções e doenças.
  2. Mas, dependendo de onde as alterações estão localizadas no material genético do vírus, podem afetar as propriedades de um vírus, como a transmissão (pode se espalhar mais ou menos facilmente) ou gravidade (pode causar doenças mais ou menos graves).

O aparecimento de mutações é um evento natural e esperado dentro do processo evolutivo de qualquer vírus, especialmente os que possuem ácido ribonucleico (RNA em inglês) como seu material genético, como é o caso do Sars-CoV-2. Isto acontece em virtude de falhas que são geradas pelo sistema de reparo de erros de síntese da fita de RNA, durante a replicação viral.

Dada a evolução genética do Sars-CoV-2, grupos de pesquisadores desenvolveram sistemas para a classificação das linhagens, entre eles o Pangolin ( Phylogenetic assignment of named global outbreak lineages ), no qual são agrupadas as diversas variantes. Apesar de a maioria das mutações encontradas nas diferentes linhagens circulantes atualmente não ter impacto significativo na disseminação do vírus, algumas estão sob vigilância em todo o mundo, a fim de compreender o seu papel, quanto ao aumento significativo de transmissibilidade e patogenicidade, e por consequência, o impacto nos sistemas de saúde com a elevação das taxas de hospitalização.

A mutação é natural na mudança de vetor — por exemplo, de morcegos para pessoas, a fim de evitar as defesas naturais e aprimorar a interação com as células do novo hospedeiro. A maioria das mutações genéticas, entretanto, não causa um impacto significativo no comportamento da doença.

Algumas, inclusive, são prejudiciais ao próprio vírus, representando um resultado benéfico ao hospedeiro. Ainda é cedo para avaliar se o Sars-Cov-2 está se tornando mais letal ou contagioso. Segundo os especialistas, nem todas as variações genéticas podem ser consideradas cepas diferentes. Estas são definidas de acordo com a origem do vírus e também pelas variantes que apresentam alterações significativas na imunogenicidade.

Os coronavírus (CoV) são uma ampla família de vírus que podem causar uma variedade de condições, do resfriado comum a doenças mais graves, como a síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV) e a síndrome respiratória aguda grave (Sars-CoV). O novo coronavírus (nCoV) é uma nova cepa de coronavírus que havia sido previamente identificada em humanos.

  • Conhecido como 2019-nCoV ou Covid-19, ele foi detectado após a notificação de um surto em Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
  • A primeira variante do Sars-CoV-2, a D614G, foi identificada no início de 2020.
  • Em dezembro, ocorreu a identificação da cepa inglesa B.1.1.7, mais contagiosa do que a cepa original identificada em Wuhan.

Depois vieram as cepas B.1.351, da África do Sul, e a de Manaus, P.1. Mais tarde surgiu a variante B.1.525, já identificada em vários países, como Nigéria, Reino Unido e Dinamarca. Outras poderão aparecer. Vale ressaltar que as medidas de proteção funcionam para todas as variantes do vírus causador da Covid-19 identificadas até o momento.

  • Ou seja, para proteger a si e aos outros, é preciso continuar a manter distanciamento físico, usar máscara, ter ambientes bem ventilados, evitar aglomerações, limpar as mãos e tossir/espirrar com cotovelo dobrado ou em lenço de papel.
  • Essas medidas continuam a trabalhar contra novas variantes, reduzindo a quantidade de transmissão viral e, portanto, reduzindo as oportunidades de mutação do vírus.

Aumentar a fabricação de vacinas e implementá-las o mais rápido e amplamente possível também é uma maneira de proteger as pessoas antes que sejam expostas ao vírus e ao risco de novas variantes. Mutação Mutação é uma mudança na sequência de DNA ou RNA, que pode ser benéfica, maléfica ou neutra.

  1. Os vírus sofrem mutações à medida que se replicam, processo que requer cópia da informação genética.
  2. Nesse processo, podem ocorrer mutações no material genético.
  3. Até o final de janeiro, foram identificadas cerca de 4 mil mutações apenas na proteína Spike do Sars-CoV-2, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Se a mutação afeta a parte do vírus que é usada na vacina ou que é usada pelo sistema imunológico para neutralizar o vírus, uma variante pode se tornar uma cepa. Nesses casos, a vacina não fornece mais uma resposta eficaz à nova cepa do mesmo vírus, como ocorre com o vírus da gripe, sendo necessária nova vacinação.

  • Segundo o pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, “a mutação é a base para tudo.
  • Então, as mutações é que vão levar, por exemplo, a nova variante ou, se depois se essa variante passar a ser algo realmente importante, será classificada como uma linhagem”.
  • Naveca diz que quando há um vírus circulando entre a população, principalmente os vírus que tem genoma RNA, eles vão sofrer mais mutações do que os outros.

“Quanto mais pessoas infectadas, mais mutações. A grande maioria não traz nenhuma consequência, mas nós podemos utilizá-las, por exemplo, como uma assinatura para pode saber se o vírus veio ou do Brasil, da Itália ou da China. No entanto, o que aconteceu é um fenômeno que classificamos de convergência evolutiva.

Nesses três momentos, no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil, o vírus deu um salto evolutivo com mutações que deram vantagem para o vírus. É importante dizer que não foi o vírus do Reino Unido que foi para a África e depois veio para o Brasil. Não, esses foram eventos independentes, o que mostra o que o vírus acelerou a evolução dele porque está tendo muitos casos de infecção em vários lugares do mundo”.

O pesquisador afirma que esses eventos acontecem quando, grosso modo falando, “existe uma liberdade para o vírus evoluir. Ou seja, quando há uma grande quantidade de casos. No Reino Unido, onde a primeira variante de preocupação foi identificada, esse momento foi associado com o pós-férias de verão.

Houve um relaxamento das medidas de distanciamento, muitas pessoas foram infectadas e isso deu a oportunidade para o vírus dar esse salto. A mesma situação foi verificada na África do Sul. E no Amazonas também se verificou uma queda no distanciamento, que aliás nunca foi muito grande. Então demos a chance para o vírus evoluir.

Há relatos recentes de que estão acontecendo situações semelhantes nos Estados Unidos, com variantes de interesse na Califórnia e em Nova York”. Naveca ressalta que não tem dados suficientes para garantir que o agravamento da situação no país tem alguma relação com o surgimento da nova linhagem no Amazonas.

Eu ainda não tenho dados suficientes do Brasil para afirmar que é a P.1 o que está causando um aumento dos casos em todos os estados. Mas eu não me surpreenderia com isso, visto que foi o que aconteceu no Amazonas, uma aceleração muito rápida do número de casos. Quanto mais casos de doentes, mais casos graves você vai ter.

Não tenho certeza se a P.1 realmente causa mais pessoas doentes. Se comparasse dez pessoas infectadas com a P.1 com dez infectadas com outras linhagens, não sei se haveria uma diferença estatisticamente significativa. O que pode estar ocorrendo é que aumentou muito o número de casos, e então começam a surgir mais casos graves”.

  1. Linhagem Linhagens são definidas como entidades/organismos que compartilham um ancestral comum e apresentam mutações similares.
  2. Novas linhagens de diversos organismos surgem a partir de mutações, que em sua grande maioria são prejudiciais a essas entidades.
  3. No caso dos vírus, a maioria das mutações não causa mudanças na capacidade de dispersão, infecção ou na gravidade da doença.

Entretanto, uma minoria dessas mudanças pode levar o vírus a se tornar mais transmissível ou mais mortal. Vírus como o Sars-CoV-2 mudam mais rapidamente que outros microorganismos como bactérias e fungos, sendo classificados em linhagens distintas por pequenas diferenças em seu material genético, que podem ou não ser associadas a novas características virais.

Para melhor entender e estudar os vírus, os cientistas criaram um sistema de nomenclatura para as diferentes linhagens do Sars-CoV-2, o que permite comparar os resultados obtidos em qualquer região do planeta e detectar quais linhagens são mais prevalentes e estão circulando em uma área ou em um dado momento.

Até o momento um conjunto de mutações foram identificadas em algumas linhagens do coronavírus (Sars-CoV-2) que permitem estes sejam mais transmissíveis entre as pessoas, mas nada foi encontrado até o momento sobre mutações que levariam a um quadro mais complicado da doença ou mesmo maior mortalidade.

  1. Devido às linhagens surgirem continuamente à medida em que o coronavírus infecta uma quantidade maior de pessoas, fica clara a necessidade de monitorar a evolução do genoma viral e a prevalência das diferentes linhagens ao longo do tempo.
  2. Linhagens em circulação no Brasil Neste infográfico, em constante evolução, é possível acompanhar as linhagens do coronavírus causador da pandemia de Covid-19 que estão circulando no Brasil.

Por serem muito simples, vírus como o Sars-CoV-2 mudam muito mais rápido que outros microorganismos como as bactérias e fungos, sendo classificados em linhagens por pequenas diferenças em seu material genético. O infográfico é resultado da colaboração entre pesquisadores de todo o Brasil e a iniciativa do Gisaid, uma plataforma internacional de dados genômicos, possibilitando a curadoria e visualização em tempo real da filogenia dos dados brasileiros depositados.

  • Cepa O agrupamento viral é denominado cepa quando uma mutação altera pelo menos uma das suas características observáveis, chamadas fenotípicas.
  • Assim, quando um agrupamento viral desenvolve uma capacidade de transmissão, de se multiplicar, de produzir sintomas nos infectados, ou de estimular resposta no organismo que difere do seu ascendente, ele constitui uma cepa.

Segundo Felipe Naveca, “a cepa ela seria um termo similar à linhagem. Não costumamos usar tanto em virologia, mas é um termo que poderia ser um sinônimo”. Variante Vírus são organismos muito simples, compostos por material genético muito pequeno que armazena as informações de suas características moleculares e biológicas.

  • Sequências genéticas virais que diferem em uma ou mais mutações são chamadas de variantes.
  • Em todo o mundo foram detectadas, até o momento, cerca de mil variantes do novo coronavírus.
  • Desse total, cerca de 60 a 100 estão circulando no Brasil.
  • Variante de preocupação As variantes que compõem linhagens com maior transmissão, maior patogenicidade e/ou maior escape dos mecanismos protetores induzidos pelas vacinas são denominadas variantes preocupantes (ou VOC, do inglês variant of concern).
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O rastreamento dessas VOCs pode ser muito útil para determinar como um vírus se espalha através de comunidades ou populações. Emergência de variantes De acordo com a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde e como referência para a OMS em Covid-19 nas Américas, os vírus chamados de variantes de alerta ou variantes de preocupação têm mutações no genoma que possibilitam maior transmissibilidade.

  • Ainda não há conhecimento claro se essas variantes influenciam a gravidade da doença.
  • Porém, mesmo que não haja aumento de gravidade, a maior transmissibilidade leva a mais pessoas doentes e, consequentemente, mais internações”, sublinha.
  • Segundo Marilda, “as mutações também podem ou não implicar na eficácia das vacinas e já existem estudos em andamento para avaliar isso, como, por exemplo, os testes de neutralização, que avaliam se os anticorpos são capazes de inibir o vírus.

Desde o começo da pandemia, a comunidade científica se debruçou no desenvolvimento desses testes e atualmente temos essas metodologias, inclusive no nosso laboratório, que podem auxiliar no entendimento da doença”. Em relação a possíveis reinfecções, a virologista diz que um estudo desenvolvido o Reino Unido que seguiu entre 3 e 4 mil pacientes identificou que elas eram raras.

  1. Mas ela faz um alerta: “ainda não sabemos como vai ser o comportamento do vírus com as novas variantes.
  2. As pesquisas precisam continuar ao longo do tempo para avaliar o que ocorre com as variantes, com as campanhas de vacinação em massa, nos países com e sem lockdown,
  3. Com o tempo e estudos robustos, isso será demonstrado, mas ainda temos um longo caminho de entendimento”.

Marilda lembra que o Brasil conta com uma rede de vigilância de influenza e vírus respiratórios, coordenada pelo Ministério da Saúde, que se estruturou ainda mais após a pandemia de H1N1, em 2009. Existe um Laboratório Central de Saúde Pública em cada capital, e as secretarias estaduais de Saúde têm unidades sentinela, tanto ambulatoriais quanto hospitalares, que coletam amostras regularmente e enviam aos Lacens para diagnóstico.

O nosso laboratório atua como referência nacional para o Ministério da Saúde e a OMS, e os Institutos Evandro Chagas, em Belém, e Adolfo Lutz, em São Paulo, atuam como referências regionais. A partir da emergência do Sars-CoV-2, o Ministério da Saúde usou essa rede para o seguimento dos casos de Covid-19″, salienta a virologista.

Marilda acrescenta que existem ainda outras iniciativas de sequenciamento genético do Sars-CoV-2 no país. “A Fiocruz participa ativamente desse processo, com seus laboratórios em diversos estados brasileiros, que integram a Rede Genômica Fiocruz. O Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações também tem uma rede, reunindo universidades e institutos de pesquisa”.

Para a pesquisadora Paola Cristina Resende, também do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC/Fiocruz, “mesmo que os vírus apresentem mutações e/ou sejam de diferentes linhagens, isso não significa que fenotipicamente sejam diferentes. Ou seja, não significa que eles apresentem características diferentes”, explica.

“A caracterização de linhagem é muito refinada, foi adotada no início da pandemia para caracterizar vírus com certos grupos de mutações que estão circulando ao redor do mundo. Isso é mais para uma caracterização epidemiológica, para entender a dispersão do vírus”.

Qual o período de perigo do Covid?

E o que acontece em seguida? – Na maior parte das vezes, o sistema imune consegue combater o vírus de forma eficaz. Por isso, a maioria das pessoas apresenta apenas sintomas leves e recupera-se após alguns dias. Entretanto, de 15% a 20% dos pacientes vão apresentar sintomas mais severos.

O que isso quer dizer? Depois de 5 a 14 dias após o primeiro sintoma, o vírus finalmente consegue chegar ao pulmão, iniciando uma inflamação grave. Nessa fase o organismo até já produziu defesa, mas de forma caótica, desordenada. Nesse momento do ciclo, há poucos vírus no organismo, mas a maioria das agressões é feita pelo próprio sistema de defesa.

Isso significa que a forma como a imunidade interage com o vírus influencia muito na gravidade da doença, sem contar que o tratamento intra-hospitalar também interfere muito na resposta do paciente. O tratamento dos casos graves pode incluir altas doses de corticoide, antibióticos e medicamentos como tocilizumabe, além do paciente muitas vezes precisar ficar internado por semanas.

Qual é a melhor vacina Pfizer ou AstraZeneca?

Covid-19: Qual vacina tomar na 3ª dose? – Coronavírus A cidade de São Paulo começou, na última quinta-feira (18/11), a aplicação de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 em todos os munícipes acima de 18 anos que tenham tomado, há pelo menos cinco meses, a segunda dose dos imunizantes AstraZeneca, Coronavac e Pfizer.

De acordo com a Prefeitura, as pessoas que receberam o imunizante Janssen devem aguardar orientação técnica do Ministério da Saúde e do Programa Estadual de Imunizações, que definirão o uso ou não da dose adicional. Para as pessoas com alto grau de imunossupressão, o intervalo para a terceira dose será menor.

Nestes casos, quem tomou a última dose do esquema vacinal há pelo menos 28 dias já pode se vacinar novamente. A dose adicional foi apresentada como uma solução para a redução dos anticorpos que garantem a proteção contra a Covid-19, o que foi identificado por estudos e dados de diversos países.

Em um, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) admitiu que independente do tipo de vacina, a imunidade tende a cair com o passar do tempo. “A Anvisa reconhece e estimula os movimentos que visam a ampliação da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Os dados disponíveis até aqui sugerem diminuição da imunidade em algumas populações, ainda que totalmente vacinadas.

A disponibilidade de doses de reforço é um mecanismo importante para assegurar a proteção contínua contra a doença”, diz o documento divulgado. Imunização cruzada A aplicação de doses distintas de vacinas tem sido uma estratégia utilizada em muitos lugares para contornar a falta de imunizantes, reduzir o tempo entre as doses ou garantir mais proteção para quem já foi anteriormente vacinado.

A prática é comprovadamente segura, eficiente e será adotada para aplicação da dose adicional na cidade de São Paulo. Aqueles que receberam a Coronavac, poderão receber o reforço com doses da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca. Quem tomou a Pfizer, receberá doses da AstraZeneca ou Janssen. Já para quem foi imunizado com a AstraZeneca, a dose adicional será feita com Pfizer.

Postos de vacinação A vacinação está acontecendo em UBSs (Unidades Básicas de Saúde), Mega postos, postos drive-thru e postos volantes. A Prefeitura recomenda que a população acompanhe os horários de funcionamento, a movimentação dos postos e a disponibilidade de doses dos imunizantes por meio da,

Para tomar a dose adicional é preciso apresentar:– Documento de Identificação;– Comprovante de vacinação físico ou digital;– Comprovante de endereço de São Paulo, quando as doses anteriores não foram recebidas no município.

: Covid-19: Qual vacina tomar na 3ª dose? – Coronavírus

Quanto à eficácia da Pfizer?

Uma pesquisa da Fiocruz divulgada nesta segunda-feira (4/4) analisa a efetividade das doses de reforço contra a Covid-19. Diante dos surtos de Ômicron em países com alta cobertura de vacinas de vírus inativado, o estudo avaliou o ganho de proteção que a terceira dose forneceu a adultos brasileiros que tinham completado o esquema vacinal com duas doses de CoronaVac.

  • Para isso, os pesquisadores analisaram três cenários: pessoas vacinadas apenas com a série primária de CoronaVac (duas doses), com dose de reforço homóloga (três doses de CoronaVac) e heteróloga (duas doses de CoronaVac + reforço de Pfizer).
  • Este último grupo foi o que apresentou maior e mais duradoura proteção contra a Covid-19 grave.

No período de predominância da Ômicron, a eficácia da vacina em até seis meses após a segunda dose de CoronaVac foi de 8,1% contra Covid-19 sintomática e de 57% contra desfechos graves da doença. Com uma terceira dose da mesma vacina, a eficácia contra a Covid sintomática foi de 15% e, contra a Covid-19 grave, de 71,3%.

  • Já com uma terceira dose da Pfizer, a proteção aumenta de forma significativa: 56,8% contra a Covid-19 leve e 85,5% contra os casos graves.
  • Enquanto o declínio da eficácia da vacina contra a Covid-19 sintomática foi observado 90 dias em ambos os tipos de reforço, o declínio de eficácia contra as formas graves da doença só foi observado após um reforço homólogo.

A principal conclusão do estudo é que uma dose de reforço homóloga de CoronaVac fornece proteção adicional limitada, enquanto uma dose de reforço de Pfizer proporciona proteção sustentada contra a forma grave da doença por pelo menos três meses. Os resultados reforçam a recomendação do Ministério da Saúde, em nota técnica divulgada em novembro de 2021, para que o Brasil priorizasse a utilização de vacinas de RNA mensageiro (Pfizer) na dose de reforço, independentemente do esquema vacinal primário.

Em caso de falta de doses de Pfizer, a pasta sugere o uso, de maneira alternativa, de vacinas de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca). Metodologia Os pesquisadores utilizaram um desenho de teste negativo (TND) com caso-controle, método que consiste em comparar dois grupos opostos para avaliar a eficácia de um tratamento – neste caso, a vacinação.

Com base em dados de e-SUS, Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e Programa Nacional de Imunização (PNI), eles analisaram informações de adultos que completaram a série primária vacinal com duas doses de CoronaVac e fizeram testes para infecção por Covid-19 em todo o país.

  • Entre 6 de setembro de 2021 e 10 de março de 2022, um total de 1.339.986 casos positivos foram combinados com 1.339.986 pessoas cujo teste deu negativo, formando o grupo controle.
  • A primeira análise se concentrou no período de 25 de dezembro de 2021 a 10 de março de 2022, de maior circulação da variante Ômicron.

Na sequência, os cientistas confrontaram essas descobertas com as do período anterior, de 6 de setembro de 2021 a 14 de dezembro de 2021, quando a variante Delta era a predominante no Brasil.

Quando não pode tomar a Pfizer?

A quem não é recomendada a vacina? – As pessoas que tenham história de reação alérgica grave a qualquer componente da vacina não a devem tomar. A vacina apenas foi testada em crianças com mais de 16 anos de idade. Por conseguinte, neste momento, a OMS não recomenda a vacinação a crianças menores de 16 anos, ainda que pertençam a um grupo de alto risco.

Quais são as variantes do coronavírus no Brasil?

Foram classificadas no grupo das VOC as variantes Alfa (B.1.1.7), identificada inicialmente no Reino Unido, Beta (B.1.351), descoberta na África do Sul, Gama (B.1.1.28.1), originária do Brasil (Manaus) e Delta (B.

Qual a variante da Covid no momento?

O que são variantes? – “As variantes surgem quando há mutações na cepa original, principalmente na proteína F, que é a responsável por permitir a entrada do vírus na célula humana”, explica o dr. Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Atualmente, existem mais de 1.000 variantes da covid-19. Elas são divididas em duas categorias:

Variantes de interesse: quando o vírus sofre mutações que podem levar a um aumento da capacidade de transmissão; Variantes de preocupação: quando o vírus sofre mutações que permitem determinadas vantagens em relação às variantes anteriores, como aumento da capacidade de transmissão, doença mais grave ou escape imune. É o caso da Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron.

“Cada mutação gera uma nova variante, mas elas tendem a desaparecer se não tiverem uma vantagem sobre a anterior. É por isso que, entre aquelas chamadas de variantes de preocupação, normalmente há uma substituição. Por exemplo, a Delta substituiu todas as outras e se tornou predominante. Agora é a Ômicron”, explica o dr. Alberto.

Onde surgiu a variante alfa?

Variante Alfa – O consultor em Infectologia da Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) diferencia as principais variantes identificadas no Ceará, A, detectada inicialmente na Inglaterra, mostra grande capacidade de transmissão, causando novas infecções.