Onde Estão Os Venezuelanos Em Manaus?

Onde Estão Os Venezuelanos Em Manaus
Ministro visita abrigo onde estão indígenas venezuelanos “> O ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Franklimberg de Freitas, visitaram neste sábado (8) o abrigo onde estão os indígenas venezuelanos warao, no bairro Coroado, em Manaus. O local foi reformado Redação 09/07/2017 17:53 | Atualizado 16/02/2020 10:18 O ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Franklimberg de Freitas, visitaram neste sábado (8) o abrigo onde estão os indígenas venezuelanos warao, no bairro Coroado, em Manaus.

O local foi reformado para alojar os imigrantes que buscaram na capital amazonense melhores condições de vida em decorrência da grave crise econômica e política que atinge o país vizinho. O ministro garantiu que os estrangeiros terão todo o apoio humanitário do governo brasileiro, mas espera que a situação não seja permanente.

“Será uma assistência pelo tempo que for necessário, mas queremos todos que seja transitório. E aí está o desafio da ação administrativa, do município, do estado e da União: assistir até que ponto para que não se torne permanente a assistência”, declarou o ministro. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia Segundo a secretária estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Graça Prola, a prioridade do governo no momento é ajudar na geração de emprego e renda aos indígenas warao. Uma das alternativas é a parceria com feiras de Manaus para venda de artesanato.

Mas a barreira linguística e o perfil de trabalho ainda dificultam a inserção no mercado. “A parte de alternativas de renda ainda está deixando a desejar, em razão da língua, que a gente precisa trabalhar o português, e também a questão do empoderamento deles na parte do empreendedorismo que a gente não tem ainda.

Mercado de trabalho formal é mais difícil porque não temos vaga no comércio e na indústria. E a formação da maioria é agricultor, pescador e carreteiro, que são motoristas. Desse perfil não dá para colocar no mercado de trabalho. Aí a alternativa é o mercado informal e o empreendedorismo”, afirmou a secretária.

O venezuelano Euvélio Mariano diz que o atendimento oferecido no abrigo em Manaus é bom, mas ele ressalta que os warao querem trabalhar. “Aqui estamos bem, graças a Deus. Temos alimentação e medicina. Mas não temos é trabalho e queremos trabalhar. A maioria já tem documento, carteira de trabalho. Sabemos trabalhar de tudo um pouco, mas não entendemos muito o idioma português”, contou o indígena.

Roraima e Amazonas Antes de irem a Manaus, o ministro e o presidente da Funai estiveram em Boa Vista. Segundo Franklimberg de Freitas, houve uma tentativa em Roraima, sem sucesso, de interação entre os indígenas venezuelanos warao e os brasileiros wapichana.

  • Nossos indígenas claro gostariam de auxiliar, entretanto quando você fala em ceder seu território para outro grupo isso dificulta a conversação.
  • Até houve essa iniciativa, mas foi encerrada.
  • Mas os atendimentos continuam nos centros de atendimentos para os índios venezuelanos”, contou.
  • O governo federal vai destinar prioritariamente R$ 480 mil reais para atender o abrigo em Boa Vista, onde estão cerca de 320 imigrantes indígenas e não indígenas venezuelanos.

O alojamento na capital amazonense, que auxilia 250 estrangeiros, também deve receber recursos, mas ainda não há previsão. Torquato Jardim disse ainda que o trabalho da Polícia Federal na fronteira para identificação dos imigrantes será intensificado.

Como vivem os refugiados venezuelanos em Manaus?

“Pequena Venezuela” no centro de Manaus – A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) estima que, dos atuais 5,4 milhões de refugiados venezuelanos em todo o mundo, 260 mil vivem no Brasil, sendo pelo menos 20 mil em Manaus. Lá, são o maior grupo de imigrantes, antes dos haitianos, que totalizam uns 5 mil.

E a cada dia vão chegando mais, já que a situação econômica e política da Venezuela piora de semana a semana. A maioria dos venezuelanos da capital amazonense “se vira” como Jesús e Rossmary, no setor informal, vendendo água, café, frutas e artesanato nas ruas. Ou coleta ferro velho, papelão e plástico.

Quando, neste mês de junho, a cidade foi inundada pelo rio, e a feira foi afetada pela enchente, Jesús trabalhou como catador. Algumas mulheres e homens se prostituem, “vendendo café e o corpo”, como se diz por aqui. O constante afluxo migratório da Venezuela resultou na formação de pequenas comunidades em alguns terrenos baldios da metrópole nortista, onde os migrantes construíram moradias simples de madeira, tijolos e plástico.

Já se pode prever como, daqui a alguns anos, elas terão se transformado em favelas. Centenas de venezuelanos também se estabeleceram no decadente centro antigo de Manaus, e em algumas ruas se formou uma colônia que já leva o nome de Pequena Venezuela. Também Jesús e Rossmary vivem no centro, numa velha casa dilapidada, pagando R$ 300 por mês por um quarto de 12 metros quadrados.

Há um banheiro em que não corre água, e eles têm que pegá-la de balde, numa vizinha venezuelana. Como o dinheiro não dá para comprar gás de cozinha, o casal faz comida em duas pequenas placas elétricas. Faz muito tempo que o quarto não é pintado, e a umidade sobe pelas paredes.

  • Quando chove forte, pinga do teto”, conta Jesús.
  • A família toda dorme num velho colchão em cima do chão.
  • Mas o imigrante não quer se queixar das condições miseráveis: “Nossa senhoria é simpática.” Pelo menos, afirma ele, sua família não sofreu qualquer tipo de discriminação no Brasil.
  • Essa é uma afirmação que se escuta muito por parte dos venezuelanos de Manaus.

Talvez isso se deva ao fato de que muitos dos brasileiros na capital também vêm de outras partes do país, e têm vivência de migração. No fim de 2018, ataques violentos na cidade de fronteira Pacaraima, em Roraima, atraíram atenção internacional, quando uma multidão saiu caçando venezuelanos.

Qual é o principal destino dos refugiados venezuelanos?

Entre olhares desconfiados e cansados, crianças brincando e malas que se amontoam, filas se formam nas tendas da Operação Acolhida, com centenas de venezuelanos que ainda buscam no Brasil um local para recomeçar a vida. Na fronteira entre Santa Elena de Uairén e Pacaraima, cerca de 750 pessoas por dia, em média, atravessam para o lado brasileiro, carregando o que coube em malas e trazendo também expectativas: de encontrar parentes e amigos que já estão no país, de conseguir emprego e de uma nova vida. Nas tendas da Operação Acolhida, criada em 2018, os atendimentos não param. Há guichês para pedidos de residência e refúgio, para emissão de documentos, como CPF e cartão SUS, para cadastro no sistema de emprego. Uma força-tarefa atua nesse primeiro contato do migrante com o Brasil para facilitar a entrada e interiorização dos venezuelanos.

  1. O país é o quinto destino mais procurado por esses migrantes para viver.
  2. De janeiro de 2017 a março de 2022, o Brasil recebeu 325.763 venezuelanos que permaneceram aqui.
  3. Em primeiro lugar está a Colômbia, com 1.842.390 refugiados venezuelanos; seguida pelo Peru, com 1.286.464.
  4. Equador (513.903) e Chile (448.138) ocupam a terceira e quarta posição, respectivamente.

Os dados são da plataforma R4V, que reúne informações do sistema das Nações Unidas e do governo brasileiro. Em uma das filas, Yurisbel Lopes aguardava atendimento acompanhada pelos dois filhos pequenos. Havia chegado naquele dia de San Félix, no norte da Venezuela, depois de 12 horas em um ônibus, percorrendo cerca de 600 quilômetros (km) até ali.

Quantos venezuelanos estão em Manaus?

Diagnóstico lançado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Pólis Pesquisa aponta que maioria das pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas em Manaus tem ensino médio, técnico ou superior em diferentes áreas.1/3 são mulheres chefes de família. Mais de um terço das mulheres venezuelanas em Manaus são as únicas responsáveis por cuidar do sustento e de demais membros da casa. Foto: ACNUR/Gabo Morales Manaus, 25 de maio de 2022 – Mais da metade da população venezuelana em Manaus pode contribuir com a diversificação da economia e desenvolvimento local, com formação de nível médio, técnico ou superior em áreas como educação, administração e engenharia.

Mas apesar disso, as pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela que têm empregos formais ou informais recebem menos que os brasileiros, mesmo com sua formação. E ao mesmo tempo, 15% das mulheres venezuelanas não trabalha fora por não estar disponível em função de cuidar das crianças ou da família, e mais de um terço são as únicas responsáveis por cuidar do sustento e de demais membros da casa.

Essas foram revelações inéditas trazidas pela pesquisa “Diagnósticos para a promoção da autonomia e integração local de pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas em Manaus: pesquisa de perfil socioeconômico e laboral”, apresentada nesta quinta-feira na sede do Ministério Público do Trabalho no Amazonas e em Roraima (MPT/AM-RR), em Manaus.

  1. Encomendado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) junto à Pólis Pesquisa, e com apoio da AVSI Brasil, o estudo levantou informações de um total de 1.506 pessoas, em 419 entrevistas, retratando dados demográficos, perfil profissional, educacional, situação ocupacional e condições de vida.
  2. Atualmente, estima-se que cerca de 40 mil pessoas venezuelanas estejam no Amazonas.

O estudo mostra que pessoas refugiadas podem contribuir com empreendimentos em diferentes áreas da economia, impulsionando e dinamizando o desenvolvimento local no comércio, indústria e serviços. Leia o sumário executivo da pesquisa! Confira aqui a pesquisa completa! Educação e experiência profissional De acordo com o levantamento, 51,3% das pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela têm Ensino Médio, e 25,6% têm formação técnica ou superior em áreas como educação, administração, engenharia e outros.

  • Além disso, um total de 56% dos respondentes acumula mais de três anos de experiência em sua área de formação.
  • A maioria das pessoas está em idade economicamente ativa, com diversas qualificações e experiências que podem contribuir a potencializar empreendimentos brasileiros já existentes em áreas diversas da economia”, explica o Assistente Sênior de Soluções Duradouras do ACNUR, Rafael Yoshida Machado.

O setor de alimentação e de hospedagem, incluindo restaurantes, bares e hotéis, tem sido o qual os refugiados têm demostrado maior intenção de trabalhar (24,1%), seguido da indústria (7,6%), limpeza e manutenção (3,8%), dentre outros. Situação ocupacional Atualmente, 59,9% da população refugiada se encontra com alguma ocupação na cidade, mas apenas 4,5% com emprego formal e carteira de trabalho assinada.

Para as mulheres, a situação é ainda mais desafiadora. Apenas 2,5% das respondentes estão em empregos formais. Um total de 15,2% das entrevistadas indicou que não estariam disponíveis para trabalhar por terem que cuidar de crianças e outros familiares. “Esses dados corroboram a necessidade de que ações específicas voltadas às mulheres refugiadas e migrantes sejam consolidadas.

Iniciativas como o Mujeres Fuertes e o Empoderando Refugiadas podem fazer uma diferença substantiva na forma como esses perfis acessam o mercado de trabalho, pois além de capacitar, oferecem uma alternativa de renda e assistência que possibilitem que mulheres se integrem localmente”, enfatiza Laís Rigatto, assistente de Meios de Vida do ACNUR.

Os setores com maior presença de trabalhadores refugiados e migrantes é o de serviços, com 28,7% dos respondentes, seguido por estabelecimentos comerciais no varejoe atacado, serviços domésticos, construção civil, indústria e outros. Renda Apesar da qualificação, a pesquisa revela que o rendimento médio das pessoas venezuelanas ocupadas em Manaus, de BRL 891,50, ainda é abaixo do salário-mínimo nacional.

Em geral, venezuelanos ainda ganham em média um terço da remuneração do trabalho dos brasileiros em geral, de BRL 2.447,00, se considerado último trimestre de 2021. “Por isso ações como a revalidação de diplomas, fortalecimento de iniciativas de capacitação e conhecimento sobre a legislação trabalhista são essenciais para valorizar essa mão de obra e dar ocupação a ela no mercado”, explica o Economista Associado do ACNUR, Nikolas Pirani.

  • Apesar dos desafios, os dados apontam para um grande potencial para a integração socioeconômica de refugiados e migrantes na cidade de Manaus.
  • Segundo a pesquisa, 82,3% dos entrevistados indicam intenção de seguir vivendo no Brasil e construir sua vida no país.
  • Um total de 90,7% estão conectados à internet, o que pode favorecer o acesso a informações e oportunidades.

Iniciativas já existentes Em Manaus, o ACNUR desenvolve um programa de integração local em parceria com diversas organizações para incentivar e potencializar oportunidades para pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas. Uma dessas iniciativas tem como foco e empoderamento de mulheres refugiadas, fornecendo capacitações, assistência financeira e psicossocial.

O projeto Mujeres Fuertes, desenvolvido em parceria entre MPT/AM-RR, Hermanitos e o ACNUR, beneficia 46 mulheres venezuelanas com formação nas áreas de gastronomia e empreendedorismo. Além disso, cerca de 4 mil pessoas foram apoiadas com orientação, preparação de currículos e ações de inserção no mercado de trabalho.

“É necessário que se promova o envolvimento de atores tanto do setor público, setor privado e sociedade civil para que oportunizem que a oferta de mão de obra disponível de pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas possa ir ao encontro da demanda de mão-de-obra que o setor privado de Manaus requer”, finaliza Rafael.

A pesquisa é a primeira de uma série de três estudos em desenvolvimento pelo ACNUR para potencializar a integração local de refugiados e migrantes venezuelanos em Manaus. O segundo estudo focará em uma avaliação de mercado, destinada a verificar áreas de maior demanda por mão de obra e considerações do setor privado sobre a contratação de pessoas refugiadas.

A terceira publicação unirá os achados dos dois estudos anteriores, apontando para fatores de impulso e de atração entre a oferta e a demanda de mão-de-obra, sugerindo possibilidades de intervenções apropriadas para a criação de empregos e geração de renda que afetem positivamente pessoas refugiadas e migrantes, bem como o desenvolvimento local.

Qual foi a cidade que recebeu mais venezuelanos?

Refugiados e migrantes do país vizinho foram realocados em 844 municípios brasileiros. Em 2022, 12.510 pessoas foram interiorizadas até junho Publicado em 20/07/2022 12h11 Atualizado em 25/07/2022 16h28 A Operação Acolhida registrou 78.767 venezuelanos interiorizados em 844 municípios brasileiros entre abril de 2018 e junho deste ano.

A estratégia permite a realocação de refugiados e migrantes do país vizinho de Roraima para outros estados do Brasil. Em 2022, até o último mês, haviam sido interiorizadas 12.510 pessoas. A Operação Acolhida é uma estratégia federalizada de oferta de assistência emergencial aos refugiados e imigrantes venezuelanos.

Coordenada pelo Governo Federal, é composta por 11 ministérios e conta com suporte de agências da Organização das Nações Unidas e de mais de 100 entidades da sociedade civil. O Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização de Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade, coordenado pelo Ministério da Cidadania, atua na gestão dos abrigos federalizados na fronteira e é responsável pelos processos pertinentes à transferência voluntária dos imigrantes das cidades de fronteira para outros estados brasileiros.

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A intenção é oferecer assistência emergencial aos refugiados e migrantes venezuelanos que entram no Brasil pela fronteira com Roraima, organizando a chegada deles, buscando inserção social e econômica e apoiando na procura por emprego e moradia, principalmente nos municípios de Boa Vista e Pacaraima.

Manaus é o município que mais recebeu cidadãos da Venezuela interiorizados desde abril de 2018: 5.287. Em seguida aparecem Curitiba (5.189), São Paulo (4.255), Dourados (MS), com 3.329, e Chapecó (SC), com 2.814. Os três estados do Sul são recordistas no acolhimento.

  • Para Santa Catarina foram interiorizados 14.156 venezuelanos, o Paraná recebeu 13.604 e o Rio Grande do Sul, 11.806 até o último mês.
  • De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas, mais de cinco milhões de pessoas foram forçadas a sair da Venezuela em busca de melhores condições de vida nos últimos anos.

O Brasil é um dos cinco destinos mais procurados. Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

Como acolher um Venezuelano?

1. Você pode participar da campanha “Brasil, um coração que acolhe”, da Fraternidade sem Fronteiras, Há várias formas de ajudar, desde fazer doações até acolher uma família venezuelana ou fazer ofertas de empregos. – A FSF mantém em Boa Vista um centro de acolhimento com capacidade para 100 famílias.

Onde estão os refugiados da Venezuela no Brasil?

O trabalho do UNICEF para garantir os direitos das crianças venezuelanas migrantes – Com o agravamento da crise econômica e social na Venezuela, o fluxo de cidadãos venezuelanos para o Brasil cresceu maciçamente nos últimos anos. Entre 2015 e maio de 2019, o Brasil registrou mais de 178 mil solicitações de refúgio e de residência temporária.

A maioria dos migrantes entra no País pela fronteira norte do Brasil, no Estado de Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, capital do Estado. Para acolher parte dessa população, 11 abrigos oficiais foram criados em Boa Vista e dois em Pacaraima. Eles são administrados pelas Forças Armadas e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Mais de 6,3 mil pessoas, das quais 2,5 mil são crianças e adolescentes, vivem nos locais. Estima-se que quase 32 mil venezuelanos morem em Boa Vista. Projeções das autoridades locais e agências humanitárias apontam que 1,5 mil venezuelanos estão em situação de rua na capital, entre eles, quase 500 têm menos de 18 anos de idade.

Plataforma R4V: Conheça o site da ONU Brasil e da sociedade civil sobre a resposta humanitária brasileira à crise migratória venezuelana Observações de campo realizadas durante missões e compartilhadas entre as agências apontam que o nível de vulnerabilidade dos migrantes que entram no Brasil tem aumentado.

Mais pessoas chegam ao País com necessidades urgentes de assistência humanitária, sem acesso a comida, saúde e outros serviços básicos e expostos a diversos tipos de violência. Estima-se que, até o final de 2019, o número de venezuelanos migrantes no Brasil dobrará, chegando a 195 mil pessoas, das quais 175 mil em situação de vulnerabilidade.

  1. Fornecimento de acomodação e assistência humanitária básica nos abrigos para migrantes em Roraima;
  2. Realocação de migrantes em outros Estados do País (interiorização);
  3. Integração de migrantes na sociedade brasileira e no mercado de trabalho; e
  4. Apoio aos migrantes dispostos a voltar para a Venezuela voluntariamente.

Qual Estado brasileiro tem mais venezuelanos instalados?

Migração de indígenas waraos A maioria deles, ao migrar, se assentam no estado de Roraima, na qual é limítrofe com a Venezuela.

Qual o motivo dos venezuelanos virem para o Brasil?

A imigração venezuelana para o Brasil foi motivada por um cenário de crise política, econômica e humanitária somado a constantes desastres naturais. Motivados por uma crise política e socioeconômica, os venezuelanos migram para o Brasil à procura de trabalho e melhor qualidade de vida.

Como os venezuelanos são recebidos no Brasil?

Eles chegam ali de diversas formas: por meios de transportes pagos, caronas e até a pé. E dali partem na mesma pegada. Muitos chegam a andar mais de 200 km até Boa Vista, às margens da Rodovia 174.

Quantas horas de viagem de Manaus para Venezuela?

Perguntas & Respostas – Qual a maneira mais econômica de ir de Manaus para Venezuela? A forma mais barata de ir de Manaus para Venezuela é de ônibus noturno e ônibus que custa €80 – €100 e dura 36h 26m. Mais detalhes Qual a maneira mais rápida de ir de Manaus para Venezuela? A forma mais rápida de ir de Manaus para Venezuela é de voo que custa €550 – €2000 e dura 9h 58m.

Mais detalhes Qual a distância entre Manaus e Venezuela? A distancia entre Manaus e Venezuela é 1407 km. A distância pela estrada é de 2261.7 km Mostre direção de carro Qual a distância entre Manaus e Venezuela? Dura aproximadamente 11h 8m para ir de Manaus para Venezuela, incluindo traslado Mais detalhes Ônibus ou avião de Manaus para Venezuela? A melhor maneira de ir de Manaus para Venezuela é de voo e leva 11h 8m e custa €200 – €900.

Como alternativa, você pode ônibus, que custa €100 – €120 e leva 36h 41m. Detalhes do tipo Qual o tempo de voo de Manaus para Venezuela? Não encontramos voos diretos de Manaus para Cucuta. O voo mais rápido dura 10h 33m e possui 1 parada Procurar voos Posso dirigir de Manaus para Venezuela? Sim, a distância aproximada de Manaus para Venezuela é 2262 km.

E demora aproximadamente 31h 59m de Manaus para Venezuela de carro. Mostre direção de carro Quais linhas aereas voam do aeroporto de Manaus para o aeroporto de Cucuta ? Viva Air Colombia e Copa Airlines oferecem voos do aeroporto de Manaus para o aeroporto de Cucuta. Procurar voos Como chegar no (a) Manaus (MAO) do aeroporto de Manaus? A melhor forma de ir Manaus para o aeroporto de Manaus é de táxi que leva 11 min e custa €6 – €8.

Mais detalhes

Como ajudar venezuelanos em Manaus?

Manaus, 12 de maio de 2021 – Refugiados e migrantes venezuelanos que buscam regularização migratória, emissão de documentos e outros serviços na capital do Amazonas já podem contar com um novo atendimento centralizado por parte da Operação Acolhida, resposta humanitária do Governo Federal ao fluxo desta população para o Brasil. © Plataforma R4V apoia Operação Acolhida na retomada dos atendimentos a refugiados e migrantes venezuelanos em Manaus © ACNUR / Felipe Irnaldo Manaus, 12 de maio de 2021 – Refugiados e migrantes venezuelanos que buscam regularização migratória, emissão de documentos e outros serviços na capital do Amazonas já podem contar com um novo atendimento centralizado por parte da Operação Acolhida, resposta humanitária do Governo Federal ao fluxo desta população para o Brasil.

  • Na última terça-feira (11), uma semana após as fortes chuvas terem destruído as estruturas do Posto de Interiorização e Triagem (PITRIG) e o Alojamento de Trânsito da cidade (ATM), a Base de Operações de Manaus (Av.
  • Mário Ipiranga, 3280) é o novo local disponível.
  • No atual PITRIG, a população venezuelana poderá fazer a solicitação para demandas de residência temporária ou reconhecimento da condição de refugiado no Brasil, emissão de CPF, cadastro para a estratégia de interiorização do Governo Federal, entre vários outros serviços oferecidos pelas agências da ONU e organizações da sociedade civil que integram a Plataforma R4V – Resposta a Venezuelanos e Venezuelanas, composta por 48 parceiros no país – além da Polícia Federal e Receita Federal, também presentes.

Uma cerimônia militar marcou a inauguração da nova estrutura, que conta com área de espera com dois espaços cobertos de 40 m2, obedecendo a todos os protocolos de segurança para prevenção à COVID-19, e onde os beneficiários receberão orientações e serão direcionados para o atendimento necessário.

  1. Logo após o evento, os beneficiários começaram a ser atendidos.
  2. Somente para cadastro para serviços de pré-documentação de regularização migratória e exames de saúde para interiorização foram mais de 100 pessoas recebidas em um único dia.
  3. O venezuelano Carlos N.
  4. Estava entre os beneficiados pela ação.
  5. Residente no Brasil há quatro anos, Carlos quer agora reunir a família, que vive parte em Manaus e parte em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Nesta terça, ele, a esposa e as duas filhas, foram atendidos para renovar os documentos de residência e depois fazer o cadastro na estratégia de Interiorização. “Cheguei no Brasil com minha esposa e filha mais nova, e aqui percebi a importância da documentação.

  1. Apesar da pandemia, pude também me reunir agora com minha filha mais velha e estamos juntos aqui para ter acesso aos nossos documentos atualizados.
  2. Depois disso, quero viajar rumo ao Sul do país, para reencontrar o restante da minha família.
  3. Agradeço muito a oportunidade e o apoio da Operação Acolhida”, declarou Carlos.

Ele também comentou sobre o incidente no antigo PITRIG e lamentou o ocorrido. “Foi muito triste o que aconteceu lá, mas agora, aqui, também temos a garantia de que vamos ter atendimentos para todos novamente”, disse. Vila Olímpica – Nesta quarta-feira (12), complementando a resposta dada aos danos causados pelas chuvas, a Fundação Amazonas de Alto Rendimento (FAAR), do Governo do Estado do Amazonas, formalizou a cessão à Operação Acolhida dos alojamentos da Vila Olímpica para abrigar os refugiados e migrantes em trânsito por Manaus que participam da estratégia de interiorização.

  1. A área vinha sendo usada desde a semana passada, e já abrigou 197 beneficiários neste período.
  2. Com o ato desta quarta-feira, o espaço poderá ser usado por pelo menos dois meses, até que sejam providenciadas estruturas definitivas.
  3. Nesse novo espaço que se destina ao Alojamento de Trânsito, o clima também é de gratidão.

Andrelys M., 22 anos, saiu de Boa Vista (RR) na semana passada e agora espera, junto com os dois filhos e o marido, o embarque para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde vão reencontrar os primos. “Estamos muito felizes de poder reencontrar nossos familiares no Sul do Brasil.

  1. Enquanto isso, aqui no abrigo da Vila Olímpica podemos nos manter descansados, porque estamos em segurança e em um ambiente confortável, me sinto agradecida por isso.
  2. Estamos muito contentes com esse apoio”, declarou Andrelys.
  3. Nas cerimônias de reinauguração desta semana, estiveram presentes as Forças Armadas, agências da ONU (OIM, ACNUR, UNICEF e UNFPA), Prefeitura de Manaus, Governo do Estado do Amazonas, Polícia Federal, Receita Federal, além das organizações da sociedade civil como Fraternidade Internacional, Cruz Vermelha Brasileira, Instituto Mana e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Incidente em Manaus – Na última semana, uma enxurrada causada por fortes chuvas em Manaus destruiu a estrutura do Pitrig e inundou a área do ATM, comprometendo parte dos equipamentos. Cerca de 100 venezuelanos estavam em atendimento no PiTRIG, além de 81 beneficiários que estavam alojados no ATM.

  • No mesmo dia, as agências e organizações da Plataforma R4V prestaram atendimento às pessoas que estavam no local e coordenaram com a Operação Acolhida e autoridades locais a realocação de refugiados e migrantes em abrigos temporários.
  • Não houve feridos graves.
  • Garantindo a segurança e abrigamento dos refugiados e migrantes, aqueles que se encontravam no ATM para a interiorização foram realojados na Vila Olímpica de Manaus, espaço cedido pela Fundação de Alto Rendimento do Estado Amazonas (FAAR) pelos próximos dois meses.

A Plataforma R4V seguirá apoiando a resposta emergencial em Manaus para manter acolhimento e assistência à população de interesse. Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

Quais as principais barreiras encontradas pelos haitianos em Manaus?

Há quase 10 anos, Manaus é rota de imigrantes vítimas da fome e catástrofes naturais Processo migratório teve início em 2010 quando terremoto atingiu o Haiti e devastou país. Processo migratório teve início em 2010 quando terremoto atingiu o Haiti e devastou país.

Há quase uma década Manaus passou a ser refúgio para populações que tentam escapar da fome e de catástrofes naturais. Nas ruas da capital amazonense, haitianos e venezuelanos buscam sobrevivência diante das fragilidades existentes nos seus países de origem. Além disso, eles encontram ainda outras barreiras como o preconceito e cultura diferente das suas.

O processo migratório de haitianos para Manaus teve início em 2010 quando um terremoto atingiu o Haiti e devastou o país. Nesses últimos sete anos, quase 11 mil pessoas migraram para o Brasil e passaram por Manaus. A estimativa é da Pastoral dos Migrantes – grupo da Igreja Católica que oferece assistência aos haitianos em Manaus.

Muitos deles permaneceram na capital e outra parte do grupo seguiu para outros estados. Atualmente, a migração de haitianos para Manaus reduziu, mas a cidade ainda é referência na entrada dos imigrantes. “A chegada dos haitianos por Manaus foi mais forte nos anos de 2010, 2011 e 2012. Já em 2013 a entrada no Brasil começou a ser maior pelo Acre.

Aqui continua, mas com diminuição grande. A grande dificuldade era vir para cá sem o visto e fazer toda aquela trajetória meia clandestina. Depois que começou a ser emitido o visto no Haiti, eles passam sair de lá com a documentação. Isso acaba com esse trânsito atravessando os estados e vem diretamente via aeroporto.

  • Manaus se tornou novamente uma referência dessa chegada dos haitianos e muitos acabam ficando aqui”, disse o padre Valdeci Molinari, pároco da Paróquia São Geraldo e coordenador da Pastoral dos Migrantes.
  • Na capital, a Pastoral dos Migrantes continua desenvolvendo ações assistenciais para haitianos e mantém dois abrigos atualmente.

Um dos abrigos fica localizado no bairro Santo Antônio e atende 40 pessoas. O outro é localizado no bairro Zumbi e já chegou receber 100 pessoas, mas por estar com estrutura precária atende 37 haitianos. No entanto, o padre avalia que ainda faltam recursos para manter os serviços.

Muitos não têm dinheiro nem para tirar cópia. Falta recurso para ajudar com alimentação, muitos chegam e não têm trabalho. Falta recurso para a gente poder auxiliar nos casos de doença e falta recursos para gente poder acompanhá-los nessa travessia. São várias as necessidades”, comentou Valdeci. Dificuldades A permanência na capital do Amazonas não é fácil para muitos deles.

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A maioria dos imigrantes ainda não conseguiu ingressar no mercado de trabalho manauense. Para sobreviverem, os imigrantes estão atuando no mercado informal de trabalho. “Até aumentou o número de haitianos trabalhando informalmente. Em vista disso, fizemos um trabalho na Paróquia e criamos uma fábrica de picolés.

Hoje, temos 90 haitianos que vivem com renda da venda desses picolés. Tem uma quantidade grande vendendo água e banana frita na rua. Então, há um grupo muito grande dentro do trabalho informal com venda de frutas e verduras em feiras. Creio que hoje são 350 haitianos que vivem em função do trabalho informal”, revelou padre Valdeci Molinari.

Novos imigrantes Desde o fim de 2016 Manaus também começou receber imigrantes venezuelanos. A crise econômica e a falta de alimentos na Venezuela fizeram com que venezuelanos deixassem o país.Em busca de sobrevivência, eles começaram a migrar para capital amazonense.

  • Indígenas da etnia Warao adultos, idosos e crianças chegaram a se abrigaram na Rodoviária de Manaus e acampar debaixo de um viaduto na Zona Centro-Sul.
  • O intenso processo migratório fez Manaus decretar situação de emergência.Depois de uma mobilização da Igreja Católica e do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM), a Prefeitura de Manaus e governo do estado criaram abrigos para tirar das ruas e de condições insalubres os imigrantes.

“Na Venezuela não temos comida, não temos nada de comida e por isso viemos para cá. Estamos aqui e estamos buscando comida para nossa gente que ficou na Venezuela com fome”, disse o cacique Fernando Morales, de 57 anos. Segundo a Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), o ápice da chegada dos imigrantes indígenas venezuelanos da etnia Warao aconteceu entre novembro de 2016 a agosto de 2017.”Entre os motivos que trouxeram esses grupos a Manaus, podemos destacar: a ligação terrestre do Amazonas ao Estado de Roraima, via BR-174, e a receptividade que aqui encontraram.

Porém, esse fluxo vem apresentando redução, o que não significa dizer que não haverá novos fluxos migratórios de venezuelanos”, explicou a secretária da Seas, Auxiliadora Abrantes. De setembro até outubro, os números de acolhidos pelo Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias da Secretaria de Estado da Assistência Social (SAIAF/SEAS) baixaram.

Dos 290 indígenas inicialmente acolhidos, hoje são 128. A secretária explicou que a Seas considera esse deslocamento um movimento instável, uma vez que os indivíduos que retornaram ao seu país de origem podem voltar a Manaus, já que que o Brasil ainda não possui uma política migratória estabelecida.Na avaliação dela, três fatores podem estar estão fazendo com que os indígenas venezuelanos deixem a cidade de Manaus.

Primeiro é que o acúmulo de bens e recursos financeiros para a subsistência possibilitou o retorno à Venezuela; o segundo fator é o surgimento de uma nova rota, bastante procurada por esses grupos: as cidades de Belém e Santarém no estado do Pará e, por último, a falta de adaptação aos costumes e leis do Brasil”, disse.

Preconceito As barreiras com idioma e culturais fizeram com que os indígenas passassem a pedir esmolas para sobreviver em Manaus. A mendicância dos indígenas venezuelanos foi alvo de críticas por parte da população manauara, situação foi oposta a encontrada pelos haitianos.

  • Os haitianos tiveram mais facilidade de aceitação, tanto pela caraterística e pela época que chegaram.
  • A chegada deles foi no período que o país buscava mão-de-obra.
  • Eram empresas do Sul do Brasil que vinham correndo atrás para contratar os haitianos.
  • A migração é sempre assim, quando há uma necessidade de mão-de-obra são bem recebidos, mas quando começa a faltar começa a questão da discriminação.

Esse é o contexto da realidade migratória. Os venezuelanos sofrem outra questão que é característica do povo indígena que tem prática da mendicância que é milenar. É uma tradição deles e a maioria da população não compreende isso. Acha que todos venezuelanos são vagabundos e pedintes”, avaliou padre Valdeci que atua com imigrantes.Para a secretária da Seas, os principais desafios da assistência social com os indígenas venezuelanos que permanecem em Manaus são os trabalhos para que se promova a autonomia desse grupo e recursos.

“Ou seja, a capacidade de se sustentarem e serem incluídos legalmente na sociedade para que se tornem cidadãos de direito e a garantia de recursos para a continuidade do Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias, onde são realizados cadastramento de famílias; atendimento psicossocial; solicitação dos protocolos junto à Polícia Federal, atendimentos médicos e atividades culturais”, afirmou Auxiliadora Abrantes.

Fonte: : Há quase 10 anos, Manaus é rota de imigrantes vítimas da fome e catástrofes naturais

Onde se encontra os venezuelanos?

Resumo sobre a Venezuela –

A Venezuela foi um dos principais locais de exploração da Espanha, sendo ocupada pelos exploradores liderados por Cristóvão Colombo (1451-1506). Historicamente, o país vivenciou diversos governos autoritários, situação presente na atualidade e que impacta negativamente na política e na economia locais. Seu território, situado na América do Sul, faz fronteira com Brasil, Colômbia e Guiana. Sua população vem diminuindo nos últimos anos em razão da emigração de diversos habitantes do país. Sua economia tem como base a exploração mineral, com destaque para a extração de petróleo e gás natural, A grave crise política que vivencia implica a deterioração das suas infraestruturas e a piora da sua economia.

Porque os venezuelanos se refugiam?

Imigração de venezuelanos para o Brasil A imigração venezuelana no Brasil foi motivada por uma crise socioeconômica e humanitária vivida na Venezuela. A imigração venezuelana no Brasil foi motivada pelo cenário de crise vivido na Venezuela, que enfrenta um caos político, econômico e institucional.

O país vive instabilidades no governo desde 2013. A falta de emprego e de recursos básicos para a sobrevivência resultou em uma situação de miséria, fome, agravamento de doenças e violência. Por causa disso, milhares de venezuelanos começaram a migrar para outras regiões à procura de melhores condições de vida e oportunidades de emprego.

Um dos principais destinos escolhidos pelos imigrantes foi o Brasil.

Como é a vida em Pacaraima?

Pacaraima avança e infraestrutura e serviços públicos com apoio de Jucá Pacaraima é o município de Roraima mais afetado pela crise na Venezuela. Como faz fronteira com o país vizinho, a cidade é a entrada para os migrantes que fogem da crise social e econômica. O asfalto melhorou a vida dos moradores “Nós somos muito gratos pela mudança na nossa rua. Agora temos asfalto de qualidade e que deve durar muito tempo. Então, a nossa região foi valorizada. Antes, ninguém queria morar aqui no Suapi. Porém, com o novo asfalto, isso mudou”. Mais ruas serão recapeadas em Pacaraima A história do morador mostra a atenção de Romero Jucá com o município. Como senador de Roraima, ele trouxe os recursos para recuperar de cinco bairros: O Suapi, o Florestal, das Orquídeas, o Vila Nova, bem como o Conjunto Vitória.

Como que fala ônibus em Venezuelano?

Uma das coisas mais difíceis em Santiago do Chile é pegar o ônibus urbano (tomar un autobus), eles dificilmente param no ponto. Quando estive lá, vi muitas pessoas subindo no ônibus ainda em movimento. Já andei muito de ônibus pela América, de um país para outro, ou até mesmo de uma região para outra.

Os ônibus em espanhol recebem vários nomes como: bus, autobús (plural autobuses), colectivo, ómnibus e autocar. Alguns países dão nome singular aos ônibus. Em Cuba, Porto Rico e nas Ilhas Canárias, onde chamam-no de “Guagua”. Vale fazer uma breve nota sobre esta palavra “Guagua”, no Chile ela significa bebê.

Já na Venezuela, Costa Rica, Colombia e Equador, se chama de “buseta” e para o mais conhecido e simpático micro ônibus: busetilla (as vezes chamam também de “buseta”). Na Colômbia, os ônibus interurbanos, aqueles que percorrem grandes distâncias (largos recorridos) e geralmente usam estradas (carretera) eles o chamam de “Chiva”.

  1. Há também os “bus articulado”, como os que tem em Curitiba e outras cidades do Brasil.
  2. Foi o sistema integrado de transporte de Curitiba que inspirou uma das cidades que renasceu para o turismo: Bogotá,
  3. Muitas cidades já copiaram esse modelo pelo mundo afora.
  4. Um dos piores ônibus que já peguei foi no Paraguai, tanto o urbano quanto o intermunicipal.

Os alguns urbanos têm piso de madeira, cortinas nas janelas e alguns bordados de lã na janela da frente do ônibus, na maioria das vezes (quase sempre) estão sujos (sucio) e coberto de poeira; as janelas laterais que abrem estão soltas, fazendo um barulho ensurdecedor.

Em algumas cidades as ruas tem tanto buraco que parece que estamos andando de barco. Quando fui a Trindad, 249 km de Foz do Iguaçu, passei por quase tudo no ônibus, pessoas vomitando no chão, ou mijando na poltrona, ou comendo no ônibus (comendo peixe empanado, o preferido, principalmente para colocar no pão) e depois limpando a mão na cortina (enfim descobri o uso delas).

Uma coisa devo destacar, ônibus da América Latina são “graciosos e hermosos”. É como os defino para muitos dos ônibus coloridos e de design peculiar, como os da Colômbia, Paraguai, Venezuela, para o delírio de todos os amantes e apaixonados por ônibus.

Quais são os hábitos dos venezuelanos?

Cultura – A cultura venezuelana trata-se de uma cultura de três civilizações: africanos, indígenas e espanhóis. A cultura, de um modo geral, assemelha-se à cultura da América Latina. A gastronomia provém das tribos indígenas e dos espanhóis, a música e as artes pictóricas dos africanos e a língua dos espanhóis.

Dentre os costumes da Venezuela pode-se citar: povos bem hospitaleiros, realização de grandes festividades, costume de assistir novelas, religiosidade e etc. Todos esses costumes demonstram a tradição e cultura da Venezuela. A Culinária da Venezuela tem tradição em alimentos como o feijao preto, as bananas cozidas e o arroz, os quais comem-se normalmente acompanhados de carne bovina, suína, frango ou frutos do mar.

O pão tradicional é composto de um bolo em formato de círculo, feito à base de fubá, o qual chama-se arepa. O Joropo nasceu da mescla cultural de nativos, europeus e africanos. Toda esta mistura criou a que é hoje a dança típica da Venezuela e também praticada em parte da Colômbia.

Como vivem os venezuelanos na Venezuela?

Ángel Bermúdez (@angelbermudez)BBC News Mundo

21 junho 2022 Crédito, Getty Images Legenda da foto, A dolarização deu maior estabilidade à economia “Venezuela foi consertada” é uma frase que circula há meses nas redes sociais, mas que gera polêmica dentro e fora do país sul-americano. Muitos dizem isso com forte carga de ironia, e outros veem mudanças nos últimos anos que apontam para melhorias em alguns dos graves problemas econômicos do país.

  • Alguns atribuem a frase a uma suposta estratégia do governo do presidente Nicolás Maduro de projetar uma imagem mais favorável.
  • O presidente venezuelano, no entanto, não endossou essa declaração, embora tente ganhar crédito com as recentes mudanças.
  • A Venezuela hoje pode dizer que merece o Prêmio Nobel de Economia porque avançamos sozinhos, humildemente sozinhos, com a agenda econômica bolivariana”, disse Maduro no final de março.

Um mês depois, ele fez referência direta à frase. “Algumas pessoas começaram a dizer que ‘a Venezuela foi consertada’. Não, não foi consertada. Está melhorando, a Venezuela vai melhorar, crescer, mas ainda há muito a ser feito”, disse ele em um evento com empresários, de acordo com relatos da imprensa local.

Crédito, Getty Images Legenda da foto, Maduro afirmou que a Venezuela merece o Prêmio Nobel de Economia Luis Vicente León, presidente da consultoria Datanalisis, diz que a percepção de melhora depende do ponto de comparação e que os venezuelanos vêm de uma “macrocrise”, iniciada em 2018, com “hiperinflação brutal” e escassez de alimentos e medicamentos, e com longas filas e preços muitas vezes acima dos internacionais.

Além disso, as pessoas podiam ir para a cadeia na Venezuela se realizassem operações com dólares. “Então, quando você compara com 2018, não há dúvida de que a situação está melhor”, diz León, que alerta, no entanto, que entre 2013 e 2021 a economia venezuelana se contraiu 75% e que no ano passado houve crescimento entre 6% e 8%.

“É como um avião que estava voando a 10 mil pés e começou a despencar e antes de atingir o solo consegue levantar o nariz e agora está voando a 2,5 mil pés. Não caiu, mas está muito longe de sua altitude inicial.” O efeito dessa longa crise se reflete na vida cotidiana dos venezuelanos, como mostra o estudo Encovi sobre condições de vida dos venezuelanos realizado em 2021 pela Universidade Católica Andrés Bello.

A pesquisa revela que 24,8% dos venezuelanos estão em situação de extrema pobreza e que 60% da população vive com insegurança alimentar moderada a grave. Isso não significa que não houve mudanças ou melhorias. Mas abaixo explicamos as causas dessa recuperação.

Qual o Estado que recebeu mais refugiados da Venezuela?

SC é o estado que mais recebeu refugiados venezuelanos nos últimos 3 anos, diz associação. Um grupo de 36 pessoas refugiadas da Venezuela desembarcou em Santa Catarina neste mês para trabalhar na cidade de Caçador, no Meio-Oeste.

Qual é o país que mais recebe refugiados?

A Turquia acolheu cerca de 3,8 milhões de refugiados, a maior população mundial. A Colômbia ficou em segundo lugar, acolhendo aproximadamente 1,8 milhão, incluindo venezuelanos deslocados no exterior.

Quantos venezuelanos entraram no Brasil em 2022?

Operação Acolhida alcança marca de 84,4 mil venezuelanos interiorizados no Brasil A Operação Acolhida atingiu a marca de 84.463 venezuelanos interiorizados em 887 municípios brasileiros, sendo 18.206 interiorizações somente este ano. A ação é uma grande força tarefa humanitária que permite a realocação de refugiados e migrantes da Venezuela.

Do total, 89% dos cidadãos do país vizinho viajaram ao Brasil em grupos familiares e o restante chegou à fronteira sozinho. Os três estados do Sul são os que mais acolheram refugiados. Para Santa Catarina foram interiorizados 16.140 venezuelanos, o Paraná recebeu 14.640 e o Rio Grande do Sul 12.805. A cidade que mais recebeu cidadãos da Venezuela desde o início da Operação Acolhida foi Curitiba: 5.458.

Em seguida aparecem Manaus (5.305), São Paulo (4.393), Dourados (MS), com 3.449, e Chapecó (SC), com 3.186. A estratégia tem como objetivo oferecer assistência emergencial aos refugiados e migrantes venezuelanos que entram no Brasil pela fronteira com Roraima, organizando a chegada, a regularização migratória, a imunização contra doenças e buscando inserção social, econômica e apoiando na procura por emprego e moradia.

O Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização, coordenado pelo Ministério da Cidadania, é responsável pelo processo de aprovação da transferência dos imigrantes venezuelanos da cidade fronteiriça de Pacaraima (RR) e de Boa Vista para outros estados brasileiros. Composto por 13 ministérios, o Subcomitê conta com suporte de agências da Organização das Nações Unidas e de mais de 100 entidades da sociedade civil.

Mais de sete mil militares das Forças Armadas serviram na missão desde o seu início. A estratégia de Interiorização conta com o apoio das Casas de Passagem, operadas pela sociedade civil com o objetivo de receber e apoiar os venezuelanos por alguns dias, sendo um ponto de apoio intermediário entre o embarque em Boa Vista ou Manaus e o local de destino final das pessoas refugiadas e migrantes.

  • Atualmente, são 13 casas: Caxias do Sul (RS), Conde (PB), Curitiba (PR), São Paulo (SP), duas em Brasília (DF), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS), além de três em Belo Horizonte (MG).
  • De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas, mais de cinco milhões de pessoas foram forçadas a sair da Venezuela em busca de melhores condições de vida nos últimos anos.
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O Brasil é um dos cinco destinos mais procurados pelos cidadãos do país vizinho. Com informações do : Operação Acolhida alcança marca de 84,4 mil venezuelanos interiorizados no Brasil

Qual é a situação dos refugiados venezuelanos?

ONU: Número de refugiados fugindo da Venezuela é similar ao da guerra na Ucrânia. Mais de 6 milhões de venezuelanos fugiram de seu país em meio à deterioração das condições, igualando a Ucrânia no número de pessoas deslocadas e superando a Síria, segundo as Nações Unidas.

Qual a situação dos refugiados e migrantes venezuelanos?

Fluxo de migrantes venezuelanos no Brasil cresceu mais de 900% em dois anos – OIM Brasil/Amanda Nero | Migrantes e refugiados da Venezuela recebendo assistência em Boa Vista, Roraima, no Brasil Cerca de 262,5 mil migrantes e refugiados da Venezuela vivem no Brasil, a quinta maior nação anfitriã destes cidadãos na América Latina.

  • Entre janeiro de 2017 e agosto de 2020, o Brasil acolheu 609.049 venezuelanos e viu partir 345.574 depois do fluxo disparar 922% no biênio anterior.
  • Recentemente, a iniciativa Track4Tip do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou o Relatório Situacional Brasil: Tráfico de Pessoas em Fluxos Migratórios Mistos em Especial de Venezuelanos,

O estudo revela que fatores como acesso à informação, aos serviços de assistência social e trabalho ou emprego são os mais relevantes para proteção e resiliência visando reduzir o risco de o grupo cair nas malhas do tráfico de pessoas. Eleutério Guevane, da ONU News, conversou com a especialista do UNODC, Heloisa Greco.

De Montevideo, Uruguai, ela fala sobre desafios e oportunidades, medidas para conter o tráfico de seres humanos, as situações em pontos de destino e trânsito, além da proteção. ONU News: O estudo penetra na questão do perigo do tráfico humano desta população, que carece de abrigo na jornada para vários países.

Vamos falar, primeiro, desta iniciativa que levou a cabo esse estudo. Do que se trata exatamente? Arquivo pessoal Heloisa Greco, HG: Primeiro, eu queria agradecer o convite para esta oportunidade e da nossa alegria também de poder divulgar o relatório que foi lançado no Brasil. O relatório tem o nome Relatório Situacional Tráfico de Pessoas em Fluxos Migratórios Mistos e Especial Venezuelano.

  • Este foi um relatório desenvolvido dentro de um projeto do UNODC intitulado Track4TIP Transformando Alertas em Respostas de Justiça Criminal para Combater o Tráfico de Pessoas em Fluxos Migratórios.
  • Trata-se de uma iniciativa de três anos, de 2019 até 2022, que está sendo implementada pelo UNODC, em parceria e com apoio do Escritório de Monitoramento e Combate do Tráfico de Pessoas e Departamento de Estados Unidos.

Esse projeto beneficia oito países da América do Sul e do Caribe: Equador, Peru, Brasil, República Dominicana, Colômbia, Trindade e Tobago, Coração e Aruba. O projeto é ambicioso, grande, e o objetivo principal dele é melhorar e aprimorar a resposta da justiça criminal em relação ao tráfico de pessoas nessa região, na América do Sul e um pouco da América Central, nos fluxos migratórios, principalmente, uma visão de direitos humanos centrados na vítima.

  • Então, é para melhorar esses fluxos migratórios e identificar situações de tráfico de pessoas nesses tráficos mistos.
  • E aí, sim, tem um olhar especial também para o fluxo migratório venezuelano.
  • ON: Tem sido o maior movimento neste momento no Brasil? Que desafios e oportunidades essa situação tem trazido ao país? HG: A questão dos fluxos migratórios, em especial dos venezuelanos, é um desafio.

Se a gente imaginar que, de 2015 a 2017, esse fluxo migratório de venezuelanos cresceu 922%, imagine o impacto que tem esse fluxo. Realmente tem uma porta principal no país, que é o estado de Roraima, no norte do Brasil. Então, o aumento, em pouco tempo, provoca, sem dúvida nenhuma, um desafio para todas as políticas. Acnur/Felipe Irnaldo Também nesse curto tempo, os venezuelanos e as venezuelanas são o segundo grupo migratório com o maior número de registros ativos na Polícia Federal (PF). Isso quer dizer que a população migrante está em segundo lugar ou é o segundo maior contingente de migrantes no país.

  • E isso em um curto espaço de tempo.
  • Então, é claro que isso implica desafios.
  • Acho que uma oportunidade também para desenvolver e implementar a lei migratória brasileira, que é de 2017.
  • Ela vem com uma perspectiva de direitos humanos, e vem substituindo o estatuto do estrangeiro que era de uma perspectiva bem securitista da época da ditadura.

Então, é uma lei que por ter essa perspectiva de direitos humanos, entende a migração como um direito inalienável de todas as pessoas. Eu acho que é uma oportunidade também de se efetivar algo, com esse desafio migratório atual, principalmente venezuelano.

ON: E como o tráfico humano se insere nesse fluxo particular de venezuelanos, que afinal estão em busca de abrigo? HG: Vamos pensar um pouco assim: a gente tentou identificar se havia situações de tráfico de pessoas nesse fluxo venezuelano. Pensar um pouco como é que a gente trabalha e como o país tem que trabalhar com o tráfico de pessoas em geral no Brasil.

A gente tem a legislação nacional que é de 2016, mas antes da legislação nacional já havia uma política nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas que é de 2006. E isso significa 10 anos anterior à lei que hoje está vigente. Tinha uma lei antiga, mas a atual tem uma perspectiva mais centrada na vítima e nos direitos humanos. Acnur/Reynesson Damasceno A Política Nacional de 2006 já seguia todo o protocolo internacional, o Protocolo de Palermo, que é o protocolo internacional enfrentamento ao tráfico de pessoas. E já tínhamos planos nacionais sendo desenvolvidos. Então, esses planos nacionais e na política pregam uma atenção integrada às vítimas, que têm uma coordenação institucional como a proteção, dialoga com o sistema de repressão, o sistema de justiça e o sistema de polícia e também dialoga com políticas de prevenção.

E já tinha essa estrutura, que já vem sendo desenvolvida desde a ratificação do protocolo no Brasil, que foi em 2004. E veio a política, em 2006. Então já tem uma estrutura e vem tomando corpo até chegar na legislação de 2016. E é um pouco esse cenário que a gente tem agora. Tendo essa estrutura agora, temos que identificar a situação do fluxo dos venezuelanos, quais são as especificidades e quais as características que pode ter para um tráfico de pessoas com esse público.

Eu acho que tem um ponto que é fundamental, principalmente pensando nos venezuelanos, que é a centralidade da questão da vulnerabilidade das pessoas. E isso é um ponto que a gente desenvolve no relatório situacional. A pessoa que está vulnerável se torna mais suscetível a aceitar uma proposta, seja de trabalho ou de viagem, que pode vir a ser uma forma de exploração. Acnur/Santiago Escobar-Jaramillo E aí entra a questão da população no contingente venezuelano. Ao ingressar no Brasil, a gente fala que está numa situação de vulnerabilidade. Por que? Porque pelo relatório também se verificou que têm a precariedade nos percursos e nas formas de transporte, como essas pessoas veem e entram no país, elas têm o desgaste com o cansaço.

às vezes gasta muito dinheiro também, o pouco que ainda tem, para entrar no país. A fragmentação familiar, alguns ficam e outros vêm. Outros não entraram também no país. Alguns vão para uma parte do Brasil, outros ficam em Roraima. Essa fragmentação onde você não tem um contato afetivo, um contrato de confiança, isso deixa a pessoa mais vulnerável também.

Você perde os seus pontos de referência, ainda mais num país novo. Falta de documentação também, quando a pessoa entra no país até ao processo de regularização há falta de regularização. É um indicador que também pode deixar a pessoa em situação de vulnerabilidade.

  • E a falta de acesso também ao mercado laboral.
  • Toma-se tempo até você ter a documentação, até você conseguir ingressar no mercado laboral, e ter segurança de que não vai ser explorado.
  • Então, essas características podem deixar, não quer dizer que todo o migrante venezuelano que ingressa está numa situação de tráfico, que pode entrar, mas está mais suscetível por todas essas características.

ON: E vem à tona a questão da percepção que as pessoas têm destes movimentos, principalmente quando envolvem situações suspeitas de tráfico em território brasileiro? Sabemos que brasileiros são bons acolhedores, mas como fica? HG: Em relação à percepção da população, da comunidade brasileira, isso o nosso relatório não chegou a investigar.

  • A gente tem no relatório a percepção de profissionais da assistência às vítimas, ou seja, a percepção criminal dos operadores do sistema de justiça, a percepção desse grupo bem específico.
  • A gente não está falando de uma percepção geral da população.
  • O que está no relatório é que muitos trazem a informação de que, sim, acreditam que tem situações de exploração.

Mas a maioria, e aí se eu não me engano 73% dos que participaram da pesquisa, não conhecem nenhuma investigação ou nenhum trâmite judicial que envolva situações de tráfico de pessoas migrantes venezuelanos. UNHCR/Felipe Irnaldo É importante ter a noção da percepção, que cada um está tendo no seu trabalho na sua região, que envolva situações de tráfico na sua região, mas judicialmente como trâmite, muitos desconheciam a maioria desconhecia um trâmite judicial, porque não tinha clareza nos indicadores de tráfico, ou não tinha suficiente prova, não encaminhou para um inquérito, ou alguma denúncia, enfim, não chegou a ser um processo judicial.

ON: Para terminar, queríamos que falasse da proteção das vítimas. Como é que as autoridades têm lidado com a situação? Como esses indivíduos têm lidado com os venezuelanos? Que noção eles têm da existência dessa proteção? HG: Em relação à proteção também é pensando um pouco na política nacional. A política já prega a integração, como eu falei, do sistema de Justiça, do sistema de Proteção.

Tem já uma articulação interinstitucional que está estabelecida desde a época da política dos primeiros planos. É importante também falar que no Brasil, desde 2011, se eu não me engano, tem uma rede de núcleos de enfrentamento ao tráfico de pessoas e postos avançados de atendimento humanizado ao imigrante.

  • Esses núcleos de enfrentamento ao tráfico de pessoas são dispositivos estaduais, que alguns estados têm, que atuam de forma de rede, que recebem possíveis vítimas de tráfico e identificam se são casos de tráfico ou não.
  • Conseguem também acolher e depois fazer todo o intercâmbio com a polícia e auxiliar no acompanhamento dessa situação.

Em relação à proteção também é interessante dizer que a própria legislação brasileira, essa lei que é de 2016, ela dá recursos que são muito protetivos para vítima. Ela garante a atenção integral à vítima, essa atenção psicossocial, de inserção no mercado e atenção jurídica, a no acompanhamento dessa situação, e aos familiares independentemente da nacionalidade e da colaboração, investigação ou processo judicial. OIM/Amanda Nero E outra garantia protetiva é a concepção de residência para vítimas de tráfico de pessoas, do tráfico internacional. A garantia do prazo de residência por tempo indeterminado. Se eu fui vítima no outro país e desejo permanecer no Brasil, eu posso e tenho o direito de permanecer no país, independente também de colaboração judicial.

Quais atividades os refugiados venezuelanos exercem no Brasil?

A maioria atua nos seguintes ramos de atividades : comércio (37%), serviço de alimentação (21%) e construção civil (13%);

Como vivem os imigrantes venezuelanos no Brasil?

Interiorização – Quase metade (47%) desses imigrantes decidiram viver no Brasil, segundo dados até março de 2022 da Plataforma de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V, na sigla em inglês), que reúne informações do sistema das Nações Unidas e do governo brasileiro.

  • O país teve que pensar em uma estratégia para abrigar essas pessoas.
  • Criada em 2018, a Operação Acolhida desenvolveu um sistema para receber, orientar, acolher e interiorizar esses venezuelanos.
  • O governo brasileiro flexibilizou regras para autorizar rapidamente os pedidos de residência e refúgio.
  • Plano para interiorizar essas pessoas foi criado para aliviar as cidades que são a primeira parada desses imigrantes.

Muitos aguardam a oportunidade de reencontrar a família ou amigos que vieram antes. O CPF e cartão do SUS são alguns dos documentos que os venezuelanos conseguem assim que chegam no país. Também são cadastrados para conseguir emprego. O oficial de campo da Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) Arturo de Nieves, afirma que a grande diferença da operação montada no Brasil para imigrantes em relação ao restante do mundo são ações que facilitam a integração para que as pessoas refaçam sua vida e tenham independência”.