Quem Foram Os Primeiros Moradores De Manaus?
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Celebra-se hoje 348 anos da cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas. O nome é uma homenagem a tribo indígena os Manáos (ou manaú) que habitavam a região onde está localizado a cidade aniversariante. A nossa homenagem aos primeiros moradores desta região, nossos irmãos indígenas que foram eliminados e mortos pelos colonizadores.
- Segundo historiadores, estes indígenas faziam parte do grupo aruaque.
- Um dos líderes muito importante desta tribo que resistiu a invasão portuguesa foi o indígena Ajuricaba.
- A cidade ainda está devendo uma justa homenagem a este guerreiro que defendia a Amazônia dos invasores europeus.
- Você sabia que o cemitério dos indígenas ficava localizado no centro da cidade de Manaus, exatamente na praça Dom Pedro, em frente ao Paço da Liberdade, prédio onde foi o Palácio Provincial de Manaus, hoje conhecido como prédio da antigo da prefeitura.
Pois é, para eliminar a memória dos indígenas, primeiros moradores de Manaus, destruíram seu cemitério e mexeram em suas sepulturas e urnas. Até hoje os índios são tratados com desconfiança e preconceito pela cidade que esquece seu passado. Hoje o local serve de festa promovido pela atual prefeitura, porém para os indígenas o espaço é sagrado porque neste local, foram enterrados seus parentes, os primeiros moradores de Manaus.
Estes merecem nosso respeito e homenagem eternamente. Através da arqueologia e antropologia, hoje se tenta recuperar a memória dos primeiros moradores da cidade de Manaus, os Manáos, preservando suas urnas funerárias e objetos da cultura indígena encontrados. Mas parece que as pesquisas estão a passos lentos.
Se passaram 348 anos e a cidade continua a crescendo em número de habitantes, assim como os problemas sociais. Uma cidade quase ingovernável. Passou por várias metamorfose urbana e neste processo de mudança os principais atores são as pessoas que formam esta cidade, seja elas pobres ou ricas, todos tem papel enorme, sobretudo, em melhorar o relacionamento humano da cidade.
É bonito não esquecer nossas origens, principalmente os indígenas e suas culturas, ou será se é cultura somente o que veio da Europa, como Belle Époque histórica? Ou será se temos vergonha dos primeiros moradores indígenas, de sua língua, cantos, ritos e modo de viver? Nossa homenagem aos primeiros moradores desta cidade que do encontro cultural violento com os colonizadores, ainda resistem em manter sua memória viva, mesmo que seja apenas seu cemitério encoberto e escondido pela cidade.
Esperamos uma cidade melhor para todos, onde ninguém seja anônimo, esquecido pelas estradas, ruas, sem casa, ou sem comida. Que haja oportunidades para todos os filhos de Manaus e os que fizeram desta cidade a sua casa.
Quem foram os primeiros habitantes da cidade de Manaus?
Manaus se tornou uma cidade nessa data Imagine uma cidade dentro da floresta amazônica, à beira de um rio. Esta cidade existe e se chama “Manaus”: é a capital do estado do Manaus foi fundada há muito tempo atrás. Era apenas um forte feito de pedra e de barro, que os portugueses usavam para proteger o norte do Brasil das invasões espanholas.
- Em volta, moravam várias tribos de índios: os barés, os banibas, os passés.
- Também havia uma tribo chamada “manaós”, que acabou dando nome à cidade.
- Para ajudar a catequizar os índios, os portugueses resolveram erguer uma capela, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, que virou padroeira do lugar.
A pequena povoação foi crescendo e em 1832 surgiu a Vila de Manaus. Finalmente, em 1848, no dia 24 de outubro, a vila se tornou uma cidade. Virou Cidade da Barra do Rio Negro. Alguns anos depois, resolveram finalmente chamar a cidade de Manaus. Muito pertinho de Manaus fica o encontro das águas verdes do rio Amazonas com as águas escuras do, formando um desenho incrível.
- E veio então a época da borracha, no final do século 19.
- A borracha é feita do látex e o látex é retirado das,
- Como a borracha era importante e valia muito, vinha muita gente para comprá-la.
- Vinham navios do mundo inteiro.
- A cidade ficou muito rica.
- Construíram um teatro lindo – a Ópera de Manaus.
- Artistas da Europa vinham se apresentar no teatro.
Havia muito luxo. Mas quando o interesse pela borracha foi diminuindo, a cidade sofreu. Só muito tempo depois, entre os anos 1950 e 1960, com a criação da, a cidade voltou a crescer, com a indústria e o comércio. O turismo também cresceu, e hoje Manaus atrai muitos visitantes.
A vida noturna é agitada, há as praias badalada de Ponta Negra, o Mercadão, que vende raízes, ervas medicinais e frutas que não dá nem pra imaginar, além de barcos que levam para toda a parte, sem falar em mais de dois mil tipos de peixe!Nos últimos anos, os manauaras (como são chamados os nascidos em Manaus) estão comemorando o aniversário da cidade com um Boi-Manaus, uma espécie de micareta do, que é uma festa tradicional do Amazonas.Vale a pena comemorar, não vale?
: Manaus se tornou uma cidade nessa data
Qual a origem do povo de Manaus?
Manaus foi criada no século XVII para demonstrar a presença lusitana e fixar domínio português na região amazônica, que na época já era considerada posição estratégia em território brasileiro. O núcleo urbano, localizado à margem esquerda do Rio Negro, teve início com a construção do Forte da Barra de São José, idealizado pelo capitão de artilharia, Francisco da Mota Falcão, em 1669, data que foi convencionada a usar como o nascimento da cidade.A Amazônia, de posse espanhola pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494, manteve-se inexplorada até o século XVI, quando se tornou alvo de interesse de holandeses, franceses, ingleses, irlandeses e, principalmente, de portugueses, que saíram em 25 de dezembro de 1615 de São Luís do Maranhão e chegaram ao Pará, onde em 1616, instalaram na baía do Guajará o Forte do Presépio, nome que fazia referência ao dia da saída do Maranhão.
Desta forma, ocuparam a hoje cidade de Belém e a denominaram de Santa Maria de Belém, cuja função era controlar toda a região da bacia amazônica e ocupar as terras de propriedade espanhola. O Estado do Grão-Pará e Maranhão, criado em 31 de junho de 1751, pelo Marquês de Pombal, com sede em Belém, tinha o objetivo de demarcar as fronteiras portuguesas, efetivando o acordo feito com a coroa espanhola em 1750, o Tratado de Madri.
Que diferente do Tratado de Tordesilhas, que dividia o hoje território brasileiro, fundamentava-se no princípio jurídico de uti possidetis, em que “cada parte há de ficar com o que atualmente possui”. Ao redor do Forte de São José do Rio Negro se desenvolveu o povoado do Lugar da Barra, que por conta da sua posição geográfica passou a ser sede da Comarca do São José do Rio Negro.
Em 1755, por meio de Carta régia, a antiga missão de Mariuá foi escolhida como capital, passando a se chamar vila de Barcelos, anos mais tarde a sede foi transferida para o Lugar da Barra, que em 1832 tornou-se Vila da Barra, e em 24 de outubro de 1848, a Cidade da Barra de São José do Rio Negro. No entanto, com a elevação da Comarca à categoria de Província, em 1850, a Cidade da Barra, passou a se chamar em 04 de setembro de 1856, Cidade de Manaus, tornando-se independente do Estado do Grão-Pará.
O nome lembra a tribo indígena dos Manáos, que habitavam a região onde hoje é Manaus antes de serem extintos por conta da civilização portuguesa, e seu significado é “mãe dos deuses”. A partir de 1870, Manaus viveu o surto da economia gomífera, encerrando-se em 1913, em virtude da perda do mercado mundial para a borracha asiática, fazendo com que a cidade retornasse a um novo período de isolamento até o advento da Zona Franca de Manaus, em 1970.
Quais foram os grupos populacionais que contribuíram para a formação de Manaus?
A população manauara é caracterizada pela miscigenação, em especial de portugueses e indígenas. Além disso, o município recebeu muitos imigrantes ao longo do século XX, em razão do ciclo econômico da borracha e do processo de industrialização.
Como se chama o povo de Manaus?
Significado de Manauara – substantivo masculino e feminino Pessoa que nasceu em Manaus, capital do Amazonas, estado situado no norte do Brasil; manauense. adjetivo Próprio ou particular de Manaus e de seus habitantes: comida manauara; costumes manauaras. Etimologia (origem da palavra manauara ). A palavra manauara deriva da junção do nome próprio Manaus, e do sufixo de origem do tupi – ara.
Quais imigrantes vieram para Manaus?
“Pequena Venezuela” no centro de Manaus – A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) estima que, dos atuais 5,4 milhões de refugiados venezuelanos em todo o mundo, 260 mil vivem no Brasil, sendo pelo menos 20 mil em Manaus. Lá, são o maior grupo de imigrantes, antes dos haitianos, que totalizam uns 5 mil.
E a cada dia vão chegando mais, já que a situação econômica e política da Venezuela piora de semana a semana. A maioria dos venezuelanos da capital amazonense “se vira” como Jesús e Rossmary, no setor informal, vendendo água, café, frutas e artesanato nas ruas. Ou coleta ferro velho, papelão e plástico.
Quando, neste mês de junho, a cidade foi inundada pelo rio, e a feira foi afetada pela enchente, Jesús trabalhou como catador. Algumas mulheres e homens se prostituem, “vendendo café e o corpo”, como se diz por aqui. O constante afluxo migratório da Venezuela resultou na formação de pequenas comunidades em alguns terrenos baldios da metrópole nortista, onde os migrantes construíram moradias simples de madeira, tijolos e plástico.
- Já se pode prever como, daqui a alguns anos, elas terão se transformado em favelas.
- Centenas de venezuelanos também se estabeleceram no decadente centro antigo de Manaus, e em algumas ruas se formou uma colônia que já leva o nome de Pequena Venezuela.
- Também Jesús e Rossmary vivem no centro, numa velha casa dilapidada, pagando R$ 300 por mês por um quarto de 12 metros quadrados.
Há um banheiro em que não corre água, e eles têm que pegá-la de balde, numa vizinha venezuelana. Como o dinheiro não dá para comprar gás de cozinha, o casal faz comida em duas pequenas placas elétricas. Faz muito tempo que o quarto não é pintado, e a umidade sobe pelas paredes.
Quando chove forte, pinga do teto”, conta Jesús. A família toda dorme num velho colchão em cima do chão. Mas o imigrante não quer se queixar das condições miseráveis: “Nossa senhoria é simpática.” Pelo menos, afirma ele, sua família não sofreu qualquer tipo de discriminação no Brasil. Essa é uma afirmação que se escuta muito por parte dos venezuelanos de Manaus.
Talvez isso se deva ao fato de que muitos dos brasileiros na capital também vêm de outras partes do país, e têm vivência de migração. No fim de 2018, ataques violentos na cidade de fronteira Pacaraima, em Roraima, atraíram atenção internacional, quando uma multidão saiu caçando venezuelanos.
Quem colonizou o Amazonas?
Linha do tempo: Entenda como ocorreu a ocupação da Amazônia Borracha, madeira, soja, minério, pecuária – ou simplesmente o sonho de ter um pedaço de terra. Foram muitos os motivos que, historicamente, levaram brasileiros de todas as regiões à Amazônia.
- Há sinais desse movimento desde a época do descobrimento, mas foi no governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a colonização da floresta passou a ser vista como estratégica para os interesses nacionais.
- Era a época da Marcha para o Oeste.
- Foram anos de incentivos governamentais à exploração da floresta.
Estradas foram abertas para facilitar o desenvolvimento da região. Durante a ditadura militar, a política para a Amazônia ficou conhecida pelo lema “Integrar para não Entregar”. Junto com a ocupação e o desenvolvimento da região veio também a destruição do bioma.
- Estima-se que, na década de 1970, as derrubadas tenham atingido 14 milhões de hectares, número que deve chegar a 70 milhões de hectares nos dias atuais.
- Os primórdios: Os portugueses descobrem a Amazônia Durante muitos anos, grande parte do que se conhece hoje pela Amazônia pertencia aos espanhóis – graças ao Tratado de Tordesilhas, assinado com Portugal em 1494.
Mas as primeiras expedições à região foram acontecer apenas anos depois, a partir de 1540. Apesar de a maior parte da terra estar sob domínio dos espanhóis, foram os portugueses que mais se interessaram sobre aquela área: era preciso protegê-la da invasão de outros países, como Inglaterra, França e Holanda.
- Em 1637, Portugal encomenda a primeira grande expedição à região, com cerca de 2 mil pessoas.
- A exploração de frutos como o cacau e a castanha ganham uma forte conotação comercial.
- A partir do século 18, a agricultura e a pecuária passam a ter papel fundamental na região.
- Como a mão-de-obra indígena já não era mais suficiente, os negros africanos também chegam à região como escravos.
Em 1750, com o Tratado de Madri, Portugal passa a ter direito sobre as terras ocupadas na região Norte do país. É o início do estabelecimento da fronteira brasileira na região amazônica, que culmina finalmente no século 20 com a anexação do Estado do Acre.
Fim do século 19: Surge o ouro negro Outro grande marco na história da ocupação da Amazônia foi a Revolução Industrial. Com suas fábricas operando a todo vapor, a Inglaterra encontrou na floresta brasileira uma importante matéria-prima: a borracha, também chamada na época de “ouro negro”. Incentivados pelo governo, milhares de brasileiros e estrangeiros decidem migrar para a região.
Estima-se que, entre 1870 e 1900, 300 mil nordestinos tenham migrado para região. Os imigrantes eram recrutados para trabalhar nos seringais, mas não tinham direito às terras. Os seringais eram administrados por famílias tradicionais locais, que lidavam diretamente com as exportadoras inglesas instaladas na região.
A exportação da borracha gera riquezas nunca antes vistas na região, o que permite construir as primeiras grandes obras, como o Teatro da Paz (Belém, 1878) e o Teatro Amazonas (Manaus, 1898). Estradas de ferro, como a Madeira-Mamoré, também são erguidas. O primeiro boom da borracha dura pouco. Já em 1900, o produto começa a ser fortemente explorado na Ásia, interrompendo a primazia brasileira nesse mercado.
A região amazônica entra em decadência. Uma segunda chance à borracha brasileira Na década de 1940, a borracha brasileira encontra uma segunda chance: com a Segunda Guerra Mundial, os aliados perdem acesso ao produto asiático, colocando o Brasil novamente na rota do comércio mundial.
País em plena expansão, os Estados Unidos tinham especial interesse na borracha brasileira. Ciente disso, o governo brasileiro firma um acordo com os americanos: eles investem no Brasil e o governo brasileiro se encarrega de arregimentar nova mão-de-obra para os seringais da Amazônia. O então presidente Getúlio Vargas (1930-1945) defende a “Marcha para o Oeste”.
De acordo com a historiadora Maria Liege Freitas, da Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, Getúlio é o primeiro presidente brasileiro a ver na Amazônia uma “importância estratégica”. “Getúlio tinha uma preocupação geopolítica e via na floresta um peso importante, sobretudo em função das fronteiras”, diz a historiadora.
O esforço de seu governo para atrair trabalhadores à floresta surte efeitos. Nas principais capitais do país, especialmente no Nordeste, são instalados postos de recrutamento. O suíço Jean-Pierre Chabloz é contratado para criar uma campanha chamando os brasileiros à Amazônia, que passa a ser conhecida como o “Novo Eldorado”.
Mais uma vez, o ciclo de riqueza dura pouco. Terminada a guerra, os Estados Unidos suspendem os investimentos, e a Amazônia volta a sofrer com a decadência econômica. Anos 1960: “Integrar para não Entregar” O início da ditadura (1964) também deixa suas marcas na ocupação da Amazônia.
- Dentro de um discurso nacionalista, os militares pregam a unificação do país.
- Além disso, é preciso proteger a floresta contra a “internacionalização”.
- Em 1966, o presidente Castelo Branco fala em “Integrar para não Entregar”.
- Também nessa época começam as grandes obras rodoviárias em direção à Amazônia.
A Transamazônica é inaugurada em 1972 e, dois anos depois, fica pronta a Belém- Brasília. Por meio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), o governo oferece uma série de incentivos aos interessados em produzir na região. Mas segundo o historiador Alfredo Homma, “os subsídios são direcionados aos mais favorecidos”.
Apesar da onda migratória, praticamente todas as terras ainda pertenciam oficialmente à União e aos Estados. Anos 1970: O perigo do desmatamento Após anos de incentivos à produção e à ocupação da Amazônia, os sinais de destruição ficam mais claros. Em 1978, a área desmatada chega a 14 milhões de hectares.
Longe dali, uma descoberta iria influenciar o futuro da Amazônia: em 1974, Frank Rowland e Mario Molina provam que substâncias utilizadas em aerossóis e sistemas de refrigeração destroem a camada de ozônio. O assunto ganha repercussão internacional e os desmatamentos nas florestas também passam a ser questionados.
- Até então, a discussão ambiental era vista como uma questão “burocrática” ou como de “intimidação por parte daqueles que se sentiam prejudicados”, diz Homma.
- Um novo fenômeno mexe com a vida das pessoas: a venda e a disputa por terras.
- Torna-se cada vez mais comum o comércio de terras, muitas vezes sem controle ou documentação.
Era comum os lotes serem cercados sem o devido controle do governo. Em 1976, o governo faz a primeira regularização de terras na Amazônia. Uma Medida Provisória permitiu a regularização de propriedades de até 60 mil hectares que tivessem sido adquiridas irregularmente, mas “com boa fé”.
A população da Amazônia Legal chega a 7 milhões de pessoas. Anos 1980: O ambientalismo de Chico Mendes As discussões sobre meio ambiente começam a mudar na década de 1980. O assassinato do líder sindical Chico Mendes, em 1988, é considerado um “divisor de águas” na história da Amazônia. Foi a partir desse crime que o governo brasileiro passou a sofrer pressões – inclusive internacionais – a respeito de suas políticas para a Amazônia.
O governo reage com algumas iniciativas, mas, segundo os historiadores, as ações são ainda pontuais e insipientes. Anos 1990: O impacto da soja A realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada de Eco-92, coloca definitivamente a questão ambiental e a Amazônia na pauta das grandes discussões mundiais.
- A produção atrai uma nova leva de imigrantes, dessa vez do Sul e Sudeste do país.
- Durante a década de 1990, a área total desmatada volta a dar um salto, chegando a 41 milhões de hectares.
- Anos 2000
- Segundo o IBGE, a população da Amazônia Legal chega a 21 milhões de pessoas em 2000.
Os estudos sobre os impactos humanos sobre a Floresta Amazônica tornam-se mais consistentes. Um estudo da ONG Imazon, realizado em 2002, aponta que 47% da Amazônia está sob algum tipo de pressão humana. A pecuária passa a ser responsável pelo desmatamento de grandes áreas. Entre 1990 e 2003, o rebanho bovino da Amazônia Legal cresceu 240%, chegando a 64 milhões de cabeças.
- Mesmo após algumas tentativas do governo de regularizar as posses na Amazônia, estima-se que metade das propriedades tenha algum tipo de irregularidade fundiária.
- De 2003 a 2009, o governo abriu mão de 81 milhões de hectares de terras federais, que foram utilizadas para assentamentos de reforma agrária, preservação ambiental ou para projetos indígenas.
- Ainda assim, 67 milhões de hectares de terras federais continuam oficialmente sob a responsabilidade da União.
Em fevereiro de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva envia ao Congresso a Medida Provisória 458, que prevê a transferência dessas terras. Em junho, a MP é sancionada pelo presidente e vira lei. A área desmatada da Amazônia chega a 70 milhões de hectares. : Linha do tempo: Entenda como ocorreu a ocupação da Amazônia
Como se chamava Manaus antes?
Manaus comemora nesta quarta-feira 349 anos de fundação Amazonas Fundada em 24 de outubro de 1669, Manaus surgiu em torno do forte de São José do Rio Negro. A fortaleza foi construída pelos portugueses no ponto onde se juntam os rios Negro e Solimões para controlar o acesso à parte mais ocidental da Amazônia. Embratur Transcrição LOC: A ANIVERSARIANTE DESTA QUARTA-FEIRA É A CIDADE DE MANAUS, UMA DAS CIDADES QUE RECEBEM O SINAL DA RÁDIO SENADO. LOC: CELEBRANDO 349 ANOS DE FUNDAÇÃO, MANAUS JÁ TEVE OUTROS NOMES. E QUEM CONTA UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DA CAPITAL AMAZONESE É O REPÓRTER EDSON GOMES: (Repórter) Fundada em 24 de outubro de 1669, Manaus surgiu em torno do forte de São José do Rio Negro.
A fortaleza foi construída pelos portugueses no ponto onde se juntam os rios Negro e Solimões para controlar o acesso à parte mais ocidental da Amazônia. O povoado foi chamado inicialmente de São José da Barra do Rio Negro. Passou à categoria de vila em 1832, com o nome de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro, ou Vila da Barra.
A elevação para cidade ocorreu em 1848, quando a localidade passou a se chamar Cidade da Barra do Rio Negro. O nome atual começou a se formar em 1856, ano em que a cidade recebeu a denominação de Manáos, uma homenagem aos manaós, grupo indígena da região conhecido pela coragem e valentia.
- Hoje, Manaus, capital do Estado do Amazonas, tem cerca de dois milhões, 150 mil habitantes.
- Ocupa a 7ª posição entre as cidades mais populosas do país.
- O desenvolvimento de Manaus tem grande ligação com a Zona Franca, uma área de livre comércio implantada a partir dos anos 60 para atrair indústrias para a região Amazônica.
A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, destaca a importância da zona franca para a cidade. (Vanessa Grazziotin) Manaus é uma cidade que se diferencia, por conta de que abriga um projeto de desenvolvimento, que é um projeto baseado em incentivos fiscais federais, ou seja, nós abrigamos aqui um polo industrial, que hoje tem mais de 500 fábricas.
E uma boa parte dos empregos que são gerados aqui, ou são empregos que vêm diretamente das atividades da zona franca ou são empregos abertos indiretamente por conta da zona franca. (Repórter) Segundo a revista América Economia, Manaus aparece como uma das 30 melhores cidades para se fazer negócios na América Latina, ficando à frente de capitais de países da região, como Caracas, Assunção e Quito.
E uma empresa de consultoria aponta a capital amazonense como a quarta melhor cidade para se viver no Brasil, e está entre as 150 no mundo. Para o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, essa posição no ranking pode ser explicada pela hospitalidade e generosidade da população – resultado do ajuntamento de várias culturas.
Eduardo Braga) Há uma mistura da cultura Portuguesa, nordestina com a cultura indígena que cria toda uma característica própria, seja da musicalidade, das lendas, das adaptações que nós temos, das óperas abertas que foram construídas aqui ao logo do tempo pelo talento daqueles que formam a cultura do nosso estado e do no povo.
(Repórter) A história de Manaus também está ligada à exploração da borracha. No auge do ciclo da borracha, entre 1870 e 1912, a cidade experimentou um grande crescimento e é daquela época a construção do principal cartão postal de Manaus, o Teatro Amazonas, um dos mais importantes do Brasil.
Qual foi a primeira cidade de Manaus?
Em vista de a vila ter assumido foros de cidade, passou a ser chamada de Cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 5 de setembro de 1850, foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1.592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro.
Qual era o primeiro nome da Amazônia?
A Dinastia Filipina – As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde a foz (à direita) até o Equador (à esquerda). Com a Dinastia Filipina, em 1580, a linha de Tordesilhas perdeu, na prática, o seu efeito. Ao mesmo tempo, os inimigos da Espanha passaram a sentir-se livres para incursionar sobre os domínios ultramarinos portugueses.
Em 1612, o rei Jaime I da Inglaterra comissionou Robert Harcourt para explorar a região. No mesmo ano, os franceses fundaram a França Equinocial na ilha de São Luís, na costa do Maranhão, conquistada em fins de 1615 por tropas luso-espanholas. Após essa conquista, Francisco Caldeira de Castelo Branco foi designado para avançar rumo à foz do grande rio, fundando em dezembro desse mesmo ano o Forte do Presépio, núcleo da atual cidade de Belém do Pará,
O território foi incorporado ao Estado do Maranhão criado em 1621 por Filipe III de Espanha, Recorde-se que Marañón era o nome dado pelos espanhóis ao rio Amazonas, e continua a sê-lo até hoje, no Peru, Entre 1637 e 1639, uma expedição comandada por Pedro Teixeira subiu e desceu o curso do rio Amazonas, chegando até Quito, no Equador, fundando a atual cidade de Franciscana, já em território peruano.
Quais os apelidos de Manaus?
Com o aumento da economia e da modernidade, Manaus ganha o apelido de Paris dos trópicos.
Qual é o significado de Manaus?
Resumo – O presente texto foi produzido para uma homenagem recebida pela Câmara de Vereadores do Município de Manaus com o título de cidadão manauara. A cidade de Manaus tem uma história singular desde o seu nome que faz referência à etnia Manáos, que vivia nessa região.
O nome significa a “Mãe dos deuses”, o que traz muitas reflexões para as imagens divinas retratando a figura masculina. A cidade traz consigo várias histórias de “Cidades Invisíveis” que depende da perspectiva de quem a olha e a vive. Por isso, interpretar a cidade é uma forma de exercitar o olhar os diferentes outros que habitam o território.
Terminamos o texto, dizendo que nós somos O Povo, que desejamos mais justiça, equidade e direitos a sermos diferentes.
Tem índio em Manaus?
Índios em Manaus – uma face pouco conhecida da cidade | Cimi A população indígena de Manaus é de aproximadamente sete mil indivíduos, espalhados pelas quatro zonas cidade, de acordo com Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000.
Vindos de vários municípios do Amazonas e de outros estados, eles vivem nos bairros da periferia, em lugares onde não há saneamento básico, postos de saúde, escolas, segurança e outros serviços básicos. Para sobreviver, muitas famílias produzem e comercializam artesanato, os homens fazem pequenos trabalhos – os “bicos”- e as mulheres são empregadas domésticas.
Para conhecer melhor essa realidade e, a partir de dados concretos, formular propostas de políticas públicas, as organizações indígenas da cidade de Manaus, juntamente com a Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus (Piama) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), estão buscando apoio do IBGE para mapear a população indígena urbana.
- Nós queremos saber onde eles moram, como estão vivendo e quais suas mais urgentes necessidades”, explica Ana Delia Oliveira, da Piama.
- O levantamento desses dados terá início nos próximos dias, começando com uma oficina de formação para todos que trabalharão na busca das informações, com assessoria metodológica de técnicos do IBGE.
Os recenseadores serão os próprios indígenas, acompanhados de perto pelos membros da Pastoral Indigenista. O IBGE também irá disponibilizar as informações sobre onde estão localizados os indígenas. Uma das metas desse trabalho é mostrar aos órgãos governamentais, primeiramente, que há uma considerável população indígena na cidade e, segundo, que a Constituição Federal lhes garante um tratamento diferenciado que não está sendo praticado pelos governos, sobretudo municipal e estadual.
Uma primeira tentativa de chegar a essa meta foi o encontro entre lideranças das organizações indígenas da cidade e Pastoral Indigenista com o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa. A reunião aconteceu em 19 de abril de 2005. Os indígenas apresentaram suas dificuldades e necessidades. O prefeito, por sua vez, determinou aos secretários que atendessem as organizações na medida do possível.
A antiga Semtra, dirigida pelo secretário Jéferson Praia, saiu na frente e apoiou a criação da feira de artesanato que desde fevereiro de 2006 ocorre uma vez por mês na Praça da Saudade, para ajudar os indígenas a melhorar sua renda. Porém, quando se trata de saúde e educação, as dificuldades encontram barreiras quase instransponíveis.
- Assembléia – “Manaus, mostra tua cara indígena”.
- Este foi o lema da I Assembléia dos Povos Indígenas de Manaus, promovida pela União dos Povos Indígenas de Manaus – Upim, com apoio da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus e Cimi Norte I, nos dias 03 e 04 de abril, no auditório da Reitoria da UEA – Universidade do Estado do Amazonas.
Mais de 200 indígenas, de vários povos diferentes, participaram do evento que encerrou com uma manifestação no centro da cidade. Eles ouviram atentamente os relatos de representantes de órgãos como a Manaustur, Amazonastur, Semed, Semsa, Fiocruz e CDH.
- Apesar desses órgãos terem destacado inúmeras melhorias no atendimento aos indígenas, vários foram os questionamentos, sobretudo dirigidos aos responsáveis pela saúde.
- Os indígenas reclamavam de que nos postos de saúde, principalmente, não são bem atendidos e nem lhes é permitido praticar suas formas tradicionais de cura.
Foi citado o exemplo de uma família Tikuna que recentemente teve problemas em um dos hospitais da cidade que não lhes permitiu acesso a uma criança que estava internada. “Um dos mais graves problemas que os indígenas da cidade enfrentam é o atendimento à saúde, sem dúvida.
Segundo ela, as informações e propostas formuladas a partir do levantamento dos indígenas em Manaus servirão para acabar com o preconceito, contribuir para informação dos agentes públicos e para proporcionar melhor assistência por parte dos órgãos municipais e estaduais. Comunidades e organizações indígenas na cidade de Manaus Aceam Amarn- Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro Amism- Associação de Mulheres Indígenas. Coiab – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira Comunidade Apurinã Comunidade Deni Comunidade Kokama (Grande Vitória) Incrasim Meiam- Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas Satere-Mawé Y`apyreh`yt (Redenção) Tikuna Wotchimaucu (Cidade de Deus) Upim – União dos Povos Indígenas de Manaus Waykyhu – Sateré- Mawé (Redenção)
Povos Indígenas em Manaus | De onde vêm |
Tikuna, Kokama, Cambeba | Alto Solimões e Médio Solimões (Tabatinga, Benjamin Constant, Fonte Boa, Alvarães, Tefé, Santo Antônio do Içá, e outros. |
Tukano, Dessano, Tariano, Baniwa, Baré, Piratapuia, Wanana, | Alto Rio Negro (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos). |
Deni | Juruá (Itamarati). |
Sateré Mawé, Munduruku, Mura | Baixo Amazonas (Parintins, Maués, Barreirinha, Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba). |
Apurinã | Purus (Lábrea, Tapauá). |
Índios em Manaus – uma face pouco conhecida da cidade | Cimi
Qual a origem dos principais imigrantes do Amazonas?
conheça os principais fluxos de pessoas na região Famosa por suas riquezas culturais e naturais, a Amazônia sempre atraiu a atenção mundo afora. Prova disso é que a região sempre teve fluxos migratórios bem definidos e diversos. Anualmente, o Departamento de Migrações do Ministério da Justiça divulga os dados de migrações em todo o país.
Em 2020, todos os estados registraram queda nos índices de migração, principalmente em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mesmo assim, os estados da região concentraram, em 2020, cerca de 20% do fluxo migratório nacional. Confira os principais fluxos migratórios na Amazônia: Venezuela O principal país de origem dos migrantes que chegaram à Amazônia foi a Venezuela.
Mais de 85% dos venezuelanos que chegaram ao Brasil iniciaram seu fluxo migratório no município de Pacaraima, em Roraima. O município roraimense foi a oitava principal porta de entrada migratória no país. Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 58 mil pessoas chegaram à Roraima vindas do país vizinho apenas no ano passado.
Além de Roraima, os migrantes venezuelanos chegaram ao Brasil pelo Amazonas. Japão Outra nacionalidade muito presente na Amazônia é a japonesa, principalmente no Amapá e Amazonas. A presença dos japoneses na região, na verdade, é histórica e remonta ao início do século XX e se intensificou com a Zona Franca de Manaus.
Uma das maiores contribuições da comunidade japonesa está na agricultura, com forte contribuição para o plantio da juta e da pimenta-do-reino na Amazônia. Estima-se que a população japonesa seja superior a 100 mil pessoas apenas no Amazonas. Haiti Outro grupo com grande representatividade na Amazônia são os haitianos, principalmente após o terremoto que atingiu e devastou o país em 2010.
Cuba Incentivada pelo programa Mais Médicos para o Brasil, a migração de profissionais cubanos para o Brasil se intensificou na última década, principalmente na região amazônica, que enfrenta vários problemas na estruturação do sistema público de saúde. Entre 2018 e o início da pandemia, em março de 2020, estima-se que mais de 30 mil cubanos entraram no Brasil, principalmente pelo Acre e por Roraima.
: conheça os principais fluxos de pessoas na região
Quais foram os povos que formaram a população amazonense?
Primeiros habitantes da Amazônia – Vamos começar nosso passeio histórico por volta de 14 mil anos quando levas de imigrantes asiáticos chegam ao vale do rio Amazonas. Você deve estar perguntando a si mesmo: asiáticos? Sim, a hipótese mais aceita atualmente entre os historiadores é a de que o homem chegou às Américas há mais de 20 mil anos pelo estreito de Bering.
- Essa conexão terrestre estava exposta durante as últimas glaciações (100.000 – 10.000), quando o nível do mar era mais baixo.
- Isso permitiu a travessia a pé de populações por uma ponte natural ligando o continente asiático à América do Norte.
- Observe na figura abaixo as prováveis rotas do ser humano para as Américas.
Hipótese é uma formulação provisória sobre a realidade. Diante dos fatos ou demonstrações lógicas ela pode tornar-se uma verdade ou não. Baseado em www.infoescola.com/historia/chegada-do-homem-a-america Há ainda outras duas hipóteses sobre a chegada de chineses às Américas. A primeira é a de que os asiáticos também desbravaram a região no início da era Cristã. Conta-se que, em 499, um monge budista chamado Hui Shen chegou a uma terra distante 8 mil milhas náuticas (14.816 quilômetros) ao leste da China.
- Essa terra ficou conhecida como Fusang, palavra chinesa para designar “planta comum no leste, onde nasce o sol”.
- Há uma evidência para a real existência de Fusang descrita pelos chineses – o mapa de Harris, que mostra a sua localização aproximadamente onde está a América do Norte. _ Dr.
- Hendon Harris Jr.
é autor do livro Os pais asiáticos da América, publicado em 1973. Sua tese está baseada num mapa antigo encontrado numa loja de antiguidades na Coréia. Este mapa chamado “Tudo Abaixo do Céu” (conhecido como mapa de Harris) mostra massas de terra de tamanho e forma aproximados da África, Europa e Austrália, além de uma terra chamada Fusang, supostamente as Américas. Esta ilustração é uma adaptação de Biratan Porto para a interpretação do mapa de Harris feita por David Deal A segunda hipótese é a de que bem mais tarde, entre 1405 e 1418, o almirante chinês Zheng He tenha cruzado os oceanos e atingido as Américas.
- Essa aventura está documentada em um livro publicado na China, por volta de 1418, com o seguinte título: As Maravilhosas Visões da Frota Estelar,
- É também desta data a elaboração de um mapa do mundo pelos chineses, o qual parece apontar essa aventura.
- Observe no mapa chinês a seguir como o contorno da América do Sul é parecido com o dos mapas atuais.
Há ainda relatos de que, em seguida, entre 1421 e 1423, outros almirantes chineses também conduziram expedições ao redor do mundo e atingiram vários pontos das Américas. Muitos historiadores acreditam que os navegadores europeus do século 15 possuíam cartas náuticas copiadas desse mapa do mundo chinês e, por essa razão, puderam chegar às Américas em 1492. Registros da época sugerem que o mapa do mundo chinês tenha sido obtido pelo aventureiro veneziano Niccolò Da Conti, que o repassou ao famoso geógrafo Fra Mauro, autor do mapa do mundo de 1459. http://eucurtohistoria.wordpress.com/biblioteca/mapas/ Antes da chegada dos europeus e de uma provável incursão chinesa às Américas durante o século 15, a Amazônia estava ocupada por esses povos de origem asiática que há mais ou menos 14 mil anos ficaram isolados do resto do mundo. Na FASE PALEOINDÍGENA, a população era pouco numerosa, dispersa, nômade e estava baseada na coleta de frutas e moluscos, na pesca e na caça. Acredita-se que a ocupação paleoindígena da Amazônia tenha ocorrido por volta de 11,2 mil anos. Na FASE ARCAICA, por volta de 8 mil a 3 mil anos, as populações indígenas estabelecidas ao longo do rio Amazonas começaram a fabricar cerâmica. Essa prática se intensificou no final desse período. As técnicas utilizadas para decorar as peças de cerâmica eram as de pintura e incisão.
- Algumas dessas peças apresentavam figuras geométricas nas cores vermelha e branca.
- Certas áreas do baixo Amazonas como Tapeirinha, próximo a Santarém, no Pará, apresentam sambaquis com exemplares de cerâmica desse período.
- Ou seja, essa é uma indicação de que os povos indígenas da Amazônia começaram a produzir cerâmica um milênio antes dos povos andinos (populações que habitavam a cordilheira dos Andes, principalmente os incas).
Nos barrancos do rio Tapajós também foram encontrados artefatos produzidos por esses povos por volta de 10 mil até 6 mil anos. Sambaqui em tupi (tamba’kï) significa “monte de conchas”. São depósitos de materiais orgânicos calcáreos empilhados pelo homem ao longo do tempo que sofrem a ação do vento, sol e chuva, tornando-se fósseis.
Há cerca de 5 mil anos, pequenas povoações de horticultores começaram a ganhar importância na Amazônia, e isso marca a transição das sociedades de caçadores e coletores para sociedades agrícolas. A economia desses povos provavelmente estava baseada na plantação de raízes como a mandioca, que já vinha sendo cultivada desde pelo menos 7 mil anos na região.
Essas sociedades estavam bastante desenvolvidas há 4 mil anos, quando se encontravam hierarquizadas, densamente povoadas e se estendiam ao longo das margens do rio Amazonas. Elas deixaram vestígios materiais de suas práticas — os locais de Terra Preta Indígena, principalmente nos arredores da cidade de Santarém.
Terra Preta Indígena Encontra-se sobre diversos solos, localizados onde viveram grupos indígenas pré-históricos. É o resultado do acúmulo de materiais orgânicos gerados ao longo do tempo por essas comunidades. Essa terra possui alto teor de cálcio, carbono, magnésio, manganês, fósforo e zinco. Por essa razão, é extremamente fértil para agricultura.
No início da FASE PRÉ-HISTÓRIA TARDIA (3 mil anos a mil anos), desenvolvem-se as culturas dos construtores de aterros artificiais em áreas inundáveis (tesos) na Amazônia. Em seguida, aparecem sociedades ainda mais complexas e hierarquizadas que fabricavam um tipo de cerâmica muito refinado.
Por exemplo, os marajoaras, na ilha de Marajó, e os tapajônicos, na região de Santarém, ambas no Pará. A partir desses vestígios dos povos antigos (pinturas rupestres, sambaquis, terra preta e aterros artificiais) estudados pela arqueologia, alguns pesquisadores podem afirmar que havia na bacia amazônica uma vasta e diversa rede de sociedades indígenas.
De acordo com o arqueólogo Eduardo Neves, é provável que existissem na Amazônia cerca de 5 milhões de indígenas antes da ocupação europeia. Arqueologia é a ciência que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. Cerâmica tapajônica, conhecida como “cariátides” Cerâmica marajoara Essas populações desenvolveram uma rica diversidade cultural que incluía desde grupos nômades de caçadores-coletores até grandes aldeias de povos que praticavam agricultura, pesca de larga escala e caça intensiva. Também criavam animais e realizavam comércio e viagens de longa distância.
Os indígenas da Amazônia pré-colombiana tinham no cultivo da mandioca a base de sua alimentação. Entre os povos que formavam grandes aldeias estavam os tuxauas, guerreiros do rio Tapajós. A mandioca tornou-se a base alimentar dos povos primitivos da floresta amazônica porque apresenta várias vantagens em seu plantio e colheita.
Primeiro, para cultivá-la é preciso apenas replantar um talo cortado. Segundo, ela pode ser plantada em qualquer época do ano e, depois de colhida, pode ser armazenada no subsolo ou debaixo da água por vários meses. Terceiro, a mandioca rende várias colheitas de tubérculos por ano. As pesquisas arqueológicas do século 20 indicam que essas sociedades indígenas mais complexas desenvolveram uma variedade de técnicas de uso da terra e de enriquecimento do solo compatíveis com as condições naturais da Amazônia. Elas conseguiram se adaptar à vida em cada um dos habitats amazônicos: florestas ao longo dos rios e lagos, planícies alagadas de várzea e matas de terra firme.
Como os índios chamavam a Amazônia?
Uma terceira, ainda, traça o surgimento do nome ao nheengatu – dialeto falado por índios, escravos e europeus na Amazônia – com tradução para ‘terra que acaba’ ou ‘ilha’.
Quem habitava a Amazônia antes dos europeus chegarem?
Domesticação da Amazônia antes da chegada dos europeus É um fato. Até hoje a maioria das pessoas acredita que as florestas na Amazônia são formações naturais que foram pouco alteradas pelos povos indígenas que as habitavam por ocasião dos primeiros contatos com colonizadores europeus a partir do início do século XVI.
Essa impressão foi reforçada pelos relatos muitas vezes exagerados e confusos dos primeiros exploradores espanhóis que, a partir de 1500, com a descoberta da foz do rio Amazonas por Vicente Pinzón, realizaram 24 expedições de penetrações na região. Francisco de Orellana, em 1542, e Pedro de Ursúa e Lope de Aguirre, entre 1560 e 1561, percorreram totalmente o rio Solimões-Amazonas.
Eles buscavam o reino “El Dorado”, um paraíso de ouro, e o “País da Canela”, onde supostamente abundava uma planta tão valiosa quanto a “Canela da Índia”, uma especiaria que conquistara consumidores europeus fazia poucos anos. As descrições fantasiosas de Gaspar de Carvajal, padre dominicano que acompanhou a expedição de Orellana, reforçaram a ideia da Amazônia como uma floresta impenetrável, intocada, misteriosa e defendida por guerreiras ferozes (as Amazonas), que abrigava não apenas o reino de “El Dorado”, mas também o “País das Esmeraldas” e a elusiva – e nunca encontrada – cidade amazônica Inca de Paititi.
Nas últimas décadas, entretanto, evidências arqueológicas, botânicas, ecológicas, antropológicas, genéticas e históricas tem demonstrado que os indígenas da Amazônia foram e são como outros povos primitivos mundo afora que construíram (e continuam a construir) seus espaços de vida dentro de ecossistemas locais, modificando-os para que eles atendam aos seus interesses de sobrevivência.
A necessidade de moldar o ambiente às suas necessidades levou à domesticação de espécies de plantas e animais indispensáveis à sobrevivência dessas sociedades. Com o tempo, e o acúmulo de conhecimentos ecológicos que viabilizaram o manejo de ecossistemas do entorno de onde viviam, foi possível a domesticação de paisagens, ou seja, de áreas geográficas nas quais ocorrem interações entre os seres vivos e o meio ambiente e que antes da intervenção dos indígenas eram espacialmente heterogêneas.
Essa domesticação feita pelos indígenas consistia na retirada, por exemplo, de plantas úteis para a sua alimentação, medicina ou construções, diretamente do ambiente natural para cultivo nas redondezas de suas moradias. Foi assim com algumas espécies de plantas importantes para a sociedade moderna, como a mandioca, castanha do Brasil e pupunha.
No processo de domesticação levado a cabo pelos indígenas, prevaleceu a seleção de características genéticas que privilegiavam a obtenção de frutos maiores, com menor número de sementes ou sementes de menor tamanho, de árvores de porte mais baixo para facilitar a colheita, ou mesmo sem espinhos, como no caso da pupunha.
O pesquisador Charles Clement, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA, acredita que numerosas plantas da flora amazônica foram ou começaram a ser domesticadas há dez mil anos, ou seja, pouco depois da chegada do homem ao continente americano, que se presume ocorreu por volta de 12 mil anos atrás.
Essa crença está baseada em dois aspectos principais. O primeiro diz respeito ao crescente número de sítios arqueológicos indicadores de moradias de comunidades indígenas primitivas encontrados ao longo de quase todos os rios da região amazônica. Esses sítios apresentam um tipo único de solo conhecido como “terra preta de índio”, escuro, muito fértil e de origem antropogênica.
- Ou seja, que se formou pela intervenção humana via depósito de resíduos de fogueiras, lixeiras e mesmo sepultamentos.
- Essa terra fértil favorecia o cultivo recorrente de plantas anuais e perenes.
- O segundo aspecto está relacionado à composição florística das florestas em volta desses sítios arqueológicos.
Levantamento florísticos tem revelado que o percentual de plantas úteis para o homem nestas florestas é muito superior ao observado em regiões mais ermas, distantes das margens dos rios. Aqui também fica claro que a floresta foi modificada para aumentar a disponibilidade de recursos para os habitantes primitivos do entorno dos sítios arqueológicos.
- Essa “domesticação” do ambiente produziu, na opinião dos arqueólogos, alterações em escala continental na paisagem amazônica e permitiu que a população indígena que habitava a região antes da chegada dos europeus atingisse, segundo algumas estimativas, entre oito e dez milhões de pessoas.
- Obviamente que a violência militar dos conquistadores europeus e, principalmente, as doenças trazidas por eles levaram a um rápido declínio dessa população indígena.
É importante ressaltar que ecólogos não concordam inteiramente com as teorias defendidas pelos arqueólogos sobre a forma de ocupação da Amazônia. Os arqueólogos defendem que indígenas primitivos modificaram a composição das florestas da região por meio do cultivo e manejo de determinadas espécies de plantas.
A castanheira (Bertholletia excelsa), que pode viver mais de mil anos, é um bom exemplo, pois, além de ser frequentemente encontrada em sítios arqueológicos, apresenta uma distribuição em escala continental na Amazônia. Como os frutos da castanheira são dispersos somente por humanos e pequenos roedores (cotias), a única explicação para a distribuição continental da mesma se deve aos humanos, mais precisamente às práticas de cultivo e manejo realizadas por populações indígenas que habitavam a região antes da chegada dos europeus.
O fato de humanos terem atuado para alterar no passado as florestas na Amazônia tem levado alguns pesquisadores a defender que as atuais florestas da região, em função da intervenção indígena pretérita, deveriam ser consideradas como patrimônio natural e cultural brasileiro e que sua derrubada significa não apenas a destruição de sua valiosa biodiversidade, mas também a perda definitiva deste patrimônio cultural.
Quem fundou a Amazônia?
História do Amazonas – A área que hoje corresponde ao estado do Amazonas não pertencia a Portugal pelos limites definidos no Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha em 1494. Após o descobrimento do Brasil, a região foi alvo de exploradores portugueses.
O processo influenciou na decisão do Tratado de Madri, de 1750, que dava posse definitiva da região para a Coroa Portuguesa. O decreto de criação da Província do Amazonas foi assinado por Dom Pedro II em 1850. O nome Amazonas é de origem indígena. Vem da palavra amassunu, que significa ruído das águas.
Foi o capitão espanhol Francisco Orelhana quem batizou a região após descer o Rio Amazonas em 1541. No percurso, encontrou grupos indígenas, com quem guerreou. A ocupação da região ocorreu como resultado dos ciclos econômicos. Até o início do século XX, a exploração da borracha foi o chamariz para a introdução de vilas e povoados.
- Após o sucesso da exploração da borracha por ingleses e holandeses em suas colônias na Malásia, a região enfrentou estagnação econômica.
- O governo federal incentivou o crescimento a partir de 1950 e, em 1967 é criada a Zona Franca de Manaus, hoje denominado Polo Industrial de Manaus.
- O objetivo foi acelerar o processo de crescimento industrial da região.
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Quem foi o primeiro governador da cidade de Manaus?
Eduardo Gonçalves Ribeiro | |
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Período | 2 de novembro de 1890 até 5 de maio de 1891 |
Antecessor(a) | Augusto Ximeno de Villeroy |
Sucessor(a) | Guilherme José Moreira |
Período | 27 de fevereiro de 1892 até 23 de julho de 1896 |
Como era antigamente a cidade de Manaus?
História de Manaus – Manaus foi fundada, no século XVII, com o intuito de proteção do território nortista das invasões europeias, como de holandeses e franceses. Datada de 1669, a construção da atual capital amazonense teve início com a implantação do Forte da Barra de São José na margem esquerda do rio Negro.
- Nesse momento da história brasileira, várias cidades foram fundadas com o mesmo objetivo, a garantia da posse territorial.
- Ao redor do Forte, o povoado de Lugar da Barra foi se expandindo por meio de atividades primárias, como o extrativismo vegetal e a pesca.
- No século XVIII, houve conflitos entre nativos e portugueses, como a Guerra dos Manaus (1723-1728), que acabou com a vitória dos lusitanos.
Já no século XIX, em 1848, o povoado foi elevado à cidade da Barra de São José do Rio Negro, popularmente conhecida como cidade da Barra. Oito anos depois, em 1856, a nomenclatura foi alterada para c idade de Manaus, nome que lembra os nativos manaós, que habitavam a região antes da chegada europeia.
- No fim do século, Manaus vivenciou um apogeu econômico com o c iclo da b orracha e a exploração do látex na Floresta Amazônica.
- A migração foi intensa, ocasionando um forte desenvolvimento social na região.
- Contudo, esse desenvolvimento foi interrompido no início do século XX, quando o mercado asiático começou a explorar o comércio da borracha.
Na década de 1960, a construção da Zona Franca de Manaus retomou a economia da cidade, sendo referência no campo industrial em todo o país.